O estado de excepcionalidade
Como a literatura registra as articulações entre o simbólico e o real durante tempos de sofrimento
DOI:
https://doi.org/10.5902/1679849X68866Palavras-chave:
João Gilberto Noll, Violência, Simbólico, Real, ExcepcionalidadeResumo
Nosso trabalho irá focar na análise de como se dão as articulações entre o simbólico e o real em tempos de regimes de exceção ao propor uma leitura do conto “Alguma coisa urgentemente”, de João Gilberto Noll. Analisaremos as formas de percepção da narrativa sobre um estado de acontecimentos latentes e como estas construções simbólicas de mundo faziam correspondências com as formas de vida. Tomaremos como ponto de apoio uma crítica de fundamento esquizoanalítico (esta dinâmica estrutural de leitura é uma crítica e um desdobramento da psicanálise lacaniana). Portanto, tentaremos desvendar as formas simbólicas e suas transfigurações com o real sob o prisma literário. Iremos seguir alguns princípios de leitura em consonância com os fundamentos teóricos de Adorno (1998) e G. Deleuze e F. Guattari (2011a; 2011b), além de princípios analíticos em Franco (2003) acerca da produção literária brasileira durante a ditadura militar.
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Referências
ADORNO, Theodor. Prismas: crítica cultural e sociedade. São Paulo: Ática, 1998.
DELEUZE, Gilles; GUATTARI, Felix. O anti-Édipo. São Paulo: Editora 34, 2011.
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FRANCO, Renato. Literatura e Catástrofe no Brasil: anos 70. In: SELIGMANN-SILVA, Márcio (org.). História, memória e literatura: o testemunho na Era das Catástrofes. Campinas: Unicamp, 2003, p. 355-374.
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