Animalidade e apostasia da vontade: Nietzsche vê Schopenhauer

Autores

DOI:

https://doi.org/10.5902/2179378640128

Palavras-chave:

Metafísica, Inconsciente, Vivência, Trágico

Resumo

O objetivo deste artigo é fazer ver de que modo o caráter de Janus – do mito de Janus – da filosofia de Schopenhauer pautou a relação que com ela entabulou a filosofia de Nietzsche –, aspecto este um tanto relegado pela pesquisa Nietzsche, talvez justamente por se tomar a relação entre ambos como exaurida em binômios do tipo “adesão e ruptura”, “encantamento e distanciamento crítico", “pessimismo e afirmação da vida”. Assim sendo, num primeiro momento preliminar procederemos a analisar a face dual da filosofia de Schopenhauer, cujo olhar se volta simultaneamente ao passado e ao futuro. Num segundo momento preliminar visitaremos a ousadia de Schopenhauer ao converter as ambições malogradas da filosofia (na figura da “coisa em si”) no princípio inconsciente da vontade. A partir daí passaremos à compreensão de Schopenhauer por Nietzsche ao modo de um filósofo que, vitimado por sua segunda natureza, alemã, esquiva-se de protagonizar a filosofia trágica, que chegou a tangenciar, em função do esquadrinhamento metafísico de sua arrojada descoberta – o inconsciente na espécie humana.

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Biografia do Autor

Saulo Krieger, Universidade Federal de São Paulo, São Paulo, SP

Doutorado em Filosofia pela Universidade Federal de São Paulo (com doutorado-sanduíche na Université de Reims, Champagne-Ardennes)

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Publicado

2019-12-18

Como Citar

Krieger, S. (2019). Animalidade e apostasia da vontade: Nietzsche vê Schopenhauer. Voluntas: Revista Internacional De Filosofia, 10(3), 230–253. https://doi.org/10.5902/2179378640128