Do intelecto contemplativo ao desequilibrado: Schopenhauer, Nietzsche e Piaget

Autores

  • Tristan Guillermo Torriani Universidade Estadual de Campinas, Campinas, SP.

DOI:

https://doi.org/10.5902/2179378636091

Palavras-chave:

Intelecto, Schopenhauer, Nietzsche, Piaget, Bowlby, Herder

Resumo

O discernimento entre o bem e o mal pode ser considerado a preocupação central da Filosofia, mas seu cultivo requer uma combinação complexa de habilidades cognitivas, linguísticas e sociais complexas. Diferentemente da religião ou da Teologia, espera-se que os filósofos superem a confusão ao apresentarem posições sustentáveis forma puramente lógica, sem apelos à autoridade ou às emoções. Isto deposita altas expectativas sobre o intelecto, a nossa habilidade de usar a razão discursiva. Schopenhauer defendia que a Filosofia seria primariamente teórica ou contemplativa, portanto não orientaria a conduta ou o caráter. Enquanto a Vontade seria ativa, o intelecto seria passivo e instrumental. Nietzsche subordinou o intelecto ao corpo e propôs um critério fisiológico para avaliar filosofias. Piaget investigou o desenvolvimento da inteligência em estádios examinando a interação construtiva da criança com coisas e pessoas. O intelecto permanece em desequilíbrio e deve se adaptar continuamente.

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Biografia do Autor

Tristan Guillermo Torriani, Universidade Estadual de Campinas, Campinas, SP.

Professor doutor do Núcleo Geral Comum (NGC) da Faculdade de Ciências Aplicadas (FCA) da UNICAMP.

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Publicado

2018-12-24

Como Citar

Torriani, T. G. (2018). Do intelecto contemplativo ao desequilibrado: Schopenhauer, Nietzsche e Piaget. Voluntas: Revista Internacional De Filosofia, 9(2), 134–150. https://doi.org/10.5902/2179378636091