A presença de Schopenhauer em "Assim falou Zaratustra": a propósito de uma carta

Autores

  • José Nicolao Julião Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, RJ

DOI:

https://doi.org/10.5902/2179378633945

Palavras-chave:

Schopenhauer, Assim Falou Zaratustra, Compaixão

Resumo

O objetivo deste ensaio é o de mostrar que embora Nietzsche anunciasse, em uma carta de agosto de 1882, depois do final do Livro IV de a GC, que talvez à Schopenhauer nunca mais retornaria, em sua obra posterior, ZA, ele o elege, o profeta da compaixão, como o arqui inimigo que seu protagonista terá de combater ao longo da trama, pois em última instância é o sentimento de compaixão que Zaratustra terá de superar para se tornar aquilo que ele é.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

José Nicolao Julião, Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, RJ

Doutor em Filosofia pela UNICAMP Professor do Programa de Pós-Graduação em Filosofia da UFRRJ.

Referências

ABEL, G. Nietzsche: Die Dynamik der Willen zur Macht und die ewiege Wiederkehr. Berlin/NY: Walter de Gruyter, 1998 (2. Auflage). A primeira edição é de 1984.

ABEL, G. Nietzsche contra „Selbsterhaltung‟. Steigerung der Macht und ewige Wiederkehr. In: Nietzsche-Studien, 10/11, 1981-82.

ARISTÓTELES. The complete works of Aristotle. In II vol. Princeton University Press, 1995.

ARISTÓTELES. Poética. Tradução de Eudoro de Souza. Indaiatuba: Ars Poetica, 1993.

BERNAYS, J. Grundzüge der verlorene Abhandlung des Aristóteles über die Wirkung der Tragödie. Darmstadt: Wissenschfatliche Buchgesellschaft, 1868.

CACCIOLA, M. Schopenhauer e a questão do dogmatismo. São Paulo: Edusp, 1994.

CHAVES, E. Ética e estética em Nietzsche: crítica da moral da compaixão como crítica aos efeitos catárticos da arte. In: Cadernos Acadêmicos Éthica. Vol., n°1 e 2 – 2004 – tomo 1.

CRESCENZI, L. Philologie und deutsche Klassik. Nietzsche als Leser Paul Graf Yorck von Wartenburg in: Centauren-Geburten. Wissenschaft, Kunst und Philosophie beim jungem Nietzsche. Berlin/New York, Walter de Gruyter, 1994.

ESPINOSA, B. Étique. Trad. franc. de Charles Appuhn. Oeuvres III, Paris: GF Flammarion, 1965.

FERRAZ, M. Katharsis e Arte no pensamento de Nietzsche. In: Nove variações sobre temas nietzschianos. Rio de Janeiro: Relume Dumará, 2002.

FÖRSTER, E. As mudanças no conceito kantiano de Deus. In: Studia Kantiana; trad. de Guido de Almeida e Júlio Esteves. Revista da Sociedade Kantiana, vol. I, nº I, 1998.

GENTILLI, C. Bernays, Nietzsche e la nozion di trágico: alle origine di uma nuova imagine della Grecia. In: Rivista di Litterature moderne e comparate , Vol. XLVII, Fasc. 1, gennaio-marzo 1994.

GLUCKER, J. et LAKAS, A. (ed.). Jacob Bernays. Un philologue juive. Lille: Press Universitaire du Septentrion, 1996.

GOLDEN, L. Catharsis. TAPA 93 (1962).

GOLDEN, L. Mimesis and Catharsis, CP 64 (1969).

GÜNTER, K. Jacob Bernays und die Streit über die Katharsis (1968) in: LUSERKE, M. (Hersg.). Die Aristotelische Katharsis. Dokummente ihrer Deutung im 19. und 20. Jahrhundert, Hildesheim Zürich/New York: Georg Holms Verlag, 1991.

HEINE, C. Zur Geschichte der Religion und Philosophie in Deuntschland. In: vol.4 do Schriften über Deutschland. Frankfurt a. M.: Insel Verlag, 1968.

KANT, I. Werke in 10 Bänden. Darmstadt: Wissenschaftliche Buchgesellschaft, 1983.

KLEIST, H. Sämtliche Werke und Briefe. B. IV, München, 1982.

LOPARIC, Z. Kant e o Ceticismo. in: Manuscrito, XI, 2 (1988).

NIETZSCHE, F. Kritische Studienausgabe Herausgegeben von G. Colli und M. Montinari: Berlin/NY: dtv/de Gruyter, 1988.

NIETZSCHE, F. KGW – VI – 4 Nachberichts-Band zu Also sprach Zarathustra. Herausgegeben. M-L. Haase und M. Montinari – Berlin / NY : Walter de Gruyter, 1991.

NIETZSCHE, F. Werke Grossoktaveusgabe, 20B. Leipzig: Alfred Kröner Verlag, 1920.

NIETZSCHE, F. Sämtliche Briefe-Kritische Studienausgabe. In: 7 B. dtv, Walter Gruyter: Berlin/NY: dtv/de Gruyter, 1986.

NUSSBAUM, M. Aristotle. In: Acient Writers: Greece and Rome. Org. T. J. Luce. New York, 1982.

PALLIER, M. La Katharsis chez Aristote. Paris: L‘Hrmattan, 2004.

REIBNITZ, B. Ein Kommenter zur Friedrich Nietzsche „Die Geburt der Tragödie aus dem Geist der Musik”. Stuttgart: Metzler, 1992.

SCHOPENHAUER, A. Werke in Fünf Bänden. Zürich: Haffmans Verlag, 1988.

SCHOPENHAUER, A. O mundo como vontade e representação. Rio de Janeiro: Contraponto, 2001.

SCHOPENHAUER, A. Sobre o fundamento da moral. Trad. Maria Lúcia Cacciola. São Paulo: Martins Fontes, 2001.

Downloads

Publicado

2014-06-01

Como Citar

Julião, J. N. (2014). A presença de Schopenhauer em "Assim falou Zaratustra": a propósito de uma carta. Voluntas: Revista Internacional De Filosofia, 5(1), 17–40. https://doi.org/10.5902/2179378633945

Edição

Seção

Artigos