O irracionalismo na teoria do conhecimento de Schopenhauer e na epistemologia de Paul Feyerabend
DOI:
https://doi.org/10.5902/2179378633765Palabras clave:
Razão, Vontade, Método, IrracionalismoResumen
Este artigo pretende analisar a origem do irracionalismo presente na teoria do conhecimento de Schopenhauer e a epistemologia de Paul Feyerabend. Por um lado, Schopenhauer, atacando diretamente a filosofia hegeliana, defende que, por ser uma atividade secunda ria, não é possível a racionalidade humana conceber, entender ou explicar o real, por ser constituí do de algo que, ao menos abstratamente sob a forma de conceitos, não pode ser abstraído, mas tão somente intuído. Ele defende uma espécie de conhecimento espontâneo e, com isto, demonstra o quanto inócua é a tentativa racional de estabelecer caminhos ou métodos que o possibilitem. Por outro lado, Feyerabend postula que as grandes descobertas científicas, por surgirem na história e levando em consideração o contexto cultural de cada povo, na o foram provocadas, em sua maioria, pela observância de me todos rigorosos e definidos aprioristicamente, mas especialmente descobertos para dado campo de estudo. Sendo assim, não seria possível estabelecer me todos universais e absolutos que possam conduzir a racionalidade humana ao conhecimento do real. E quando tal acontece, estes nada mais seriam do que imposição es que objetivam muito mais a manutenção das relações de poder do que a verdadeira busca do real. Ora, embora surgidas em meios e contextos diferentes, ambos chegam a conclusa o de que a razão e secundaria e que, portanto, não se pode confiar nela para o progresso do conhecimento.Descargas
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