Por que as emoções importam?
DOI:
https://doi.org/10.5902/2179378691819Palavras-chave:
Afetividade, Emoções, Sentimentalismo, CognitivismoResumo
Neste artigo, investigo três abordagens centrais para compreender as teorias das emoções na contemporaneidade: o sentimentalismo de William James, o cognitivismo de Robert Solomon e a teoria judicativa de Martha Nussbaum. Primeiramente, reviso a proposta de James e o neo-jamesianismo de Prinz, que identifica as emoções como reações fisiológicas automáticas, apontando suas limitações para captar o aspecto valorativo e intencional dos afetos. Em um segundo momento, analiso a contribuição de Solomon, que apresenta emoções como modos ativos de interpretação e engajamento moral, articulados por julgamentos avaliativos que moldam nossa identidade. Após isso, enfatizo a teoria de Nussbaum, cuja contribuição definidora consiste em conceber as emoções como julgamentos corporificados — crenças de valor que se encarnam no corpo e conferem sentido a pessoas, eventos ou situações. Por fim, defendo que, segundo essa perspectiva cognitivista, as emoções deixam de ser fenômenos secundários ou subprodutos biológicos, tornando-se alicerces valorativos que orientam nossas decisões, revelam nossos compromissos mais profundos e fundamentam a construção de sentido na vida humana.
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Referências
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