A presença de Schopenhauer em "Assim falou Zaratustra": a propósito de uma carta

Autores

  • José Nicolao Julião Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, RJ

DOI:

https://doi.org/10.5902/2179378633945

Palavras-chave:

Schopenhauer, Assim Falou Zaratustra, Compaixão

Resumo

O objetivo deste ensaio é o de mostrar que embora Nietzsche anunciasse, em uma carta de agosto de 1882, depois do final do Livro IV de a GC, que talvez à Schopenhauer nunca mais retornaria, em sua obra posterior, ZA, ele o elege, o profeta da compaixão, como o arqui inimigo que seu protagonista terá de combater ao longo da trama, pois em última instância é o sentimento de compaixão que Zaratustra terá de superar para se tornar aquilo que ele é.

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Biografia do Autor

José Nicolao Julião, Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, RJ

Doutor em Filosofia pela UNICAMP Professor do Programa de Pós-Graduação em Filosofia da UFRRJ.

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Publicado

2014-06-01

Como Citar

Julião, J. N. (2014). A presença de Schopenhauer em "Assim falou Zaratustra": a propósito de uma carta. Voluntas: Revista Internacional De Filosofia, 5(1), 17–40. https://doi.org/10.5902/2179378633945