A tragédia como gênero literário e a negação da “justiça poética” no terceiro livro de O mundo como vontade e representação, de Schopenhauer

Autores

DOI:

https://doi.org/10.5902/2179378633792

Palavras-chave:

Tragédia, Justiça Poética, Pecado Original

Resumo

O gênero literário da tragédia é apontado por Schopenhauer, no parágrafo 51 de O mundo como vontade e representação, como a mais perfeita tradução da visão de mundo característica de sua filosofia. No capítulo citado, Schopenhauer faz uma crítica ao recurso literário denominado “Justiça poética”, apontando-o como um recurso que subverteria completamente a essência deste gênero. Este artigo apresenta uma análise dos argumentos de Schopenhauer contra o uso do recurso da justiça poética, além de apresentar, em linhas gerais, as teses de Schopenhauer sobre o gênero da tragédia em relação à sua filosofia. Para Schopenhauer, o sentido verdadeiro da tragédia reside na profunda intelecção de que os heróis não expiam os erros cometidos na ação dramática, mas que pagam, com o fatalismo final característico do gênero, pelo próprio pecado original, isto é, a culpa pela própria existência.

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Biografia do Autor

Eli Vagner Francisco Rodrigues, Universidade Estadual Paulista, São Paulo, SP

Professor da Universidade Estadual Paulista - UNESP.

Referências

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Publicado

2015-12-01

Como Citar

Rodrigues, E. V. F. (2015). A tragédia como gênero literário e a negação da “justiça poética” no terceiro livro de O mundo como vontade e representação, de Schopenhauer. Voluntas: Revista Internacional De Filosofia, 6(2), 69–79. https://doi.org/10.5902/2179378633792

Edição

Seção

Artigos