Entre a "caracterologia" de Schopenhauer e o "tornar-se o que se é" de Nietzsche"
DOI:
https://doi.org/10.5902/2179378633750Palavras-chave:
Schopenhauer, Nietzsche, Caráter, Sujeito, Tornar-se o que se éResumo
Esta publicação concerne ao desdobramento de um estudo sobre o tema do sujeito. Seu foco se encontra na ambivalência de alguns aspectos do tema, como é o caso de um sujeito entendido como o "resultado" de um processo de subjetivação, por um lado, e, por outro, como um "agente" que atua sobre esse processo no intuito de dirigi-lo. O objetivo, neste artigo, e mostrar que esse tipo de ambivalência, comum nos últimos escritos de Nietzsche, na o e casual, mas corresponde a um modo peculiar de fazer filosofia que pode ser sumariado sob a expressão “margem de manobra”, que corresponde a um procedimento conhecido por ele em suas leituras de Schopenhauer. No intuito de exemplificar esse procedimento, apontaremos a ambivalência verificada na caracterologia de Schopenhauer, em especial na maneira como ele amplia o conceito de caráter, tendo em vista as seções 28 e 55 de "O mundo como vontade e representação" e, em Nietzsche, indicaremos a ambivalência presente na ideia de um autoconhecimento especialmente em "Ecce homo". Conforme pretendemos demonstrar, esse modo de fazer filosofia e indispensável para uma concepção de sujeito que pode ser identificada em Schopenhauer e que e ampliada por Nietzsche.Downloads
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