Moralidade e arbitrariedade: um olhar sobre a relação entre os agentes públicos e os beneficiários do Bolsa Família

Autores

DOI:

https://doi.org/10.5902/2236672566182

Palavras-chave:

Implementação do Bolsa Família, Arbitragem, Efeitos morais, Estigma, Gênero

Resumo

Este artigo visa contribuir para a análise do processo de implementação local do Programa Bolsa Família. Além de seus objetivos declarados, procuramos entender como a arbitrariedade, o preconceito e os estigmas são construídos tanto na relação entre agentes públicos e beneficiários quanto no contexto da interação entre os beneficiários e seus vizinhos. Como base metodológica, realizamos 70 entrevistas em profundidade com três grandes grupos: famílias beneficiárias (esposa legal, cônjuge / parceiro e adolescentes), atores institucionais (Assistentes Sociais, Agente de Saúde, Professor, Coordenador e Registradores do Bolsa Família) e vizinhos (não beneficiários do Bolsa Família, mas que têm mais ou menos o mesmo status socioeconômico). A pesquisa foi realizada em uma periferia da região metropolitana do Rio de Janeiro. Lá, visitamos diversos espaços por onde passam os beneficiários, tais como: escolas, centros de saúde, coordenação do Bolsa Família e do setor de cadastramento, Centro de Referência de Assistência Social (CRAS) e restaurante popular.

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Biografia do Autor

Mani Tebet de Azevedo Marins, Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ)

Doutora em Sociologia e Antropologia; Professora do Departamento de Ciências Sociais e do Programa de Pós-Graduação em Ciências Sociais (PPGCS) da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ) e do Programa de Pós-Graduação em Políticas Públicas em Direitos Humanos (PPDH) da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Líder do Diretório de Pesquisa "Desigualdade, Interseccionalidade e Política Pública" (Laboratório de Pesquisa "Desigualdade, Interseccionalidade e Política Pública") do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e Coordenadora do Curso de Pesquisa de Renda Básica de Maricá.

 

André de Oliveira Sena Melo, Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ)

Doutorando no Programa de Pós-Graduação em Sociologia e Antropologia (PPGSA) da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ); Mestre em Políticas Públicas em Direitos Humanos (PPDH) pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), e pesquisador no Diretório de Pesquisa "Desigualdade, Interseccionalidade e Política Pública" do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). 

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Publicado

2022-07-31

Como Citar

Marins, M. T. de A., & Melo, A. de O. S. (2022). Moralidade e arbitrariedade: um olhar sobre a relação entre os agentes públicos e os beneficiários do Bolsa Família. Século XXI – Revista De Ciências Sociais, 11(1), 69–97. https://doi.org/10.5902/2236672566182

Edição

Seção

Artigos