Século XXI – Revista de Ciências Sociais https://periodicos.ufsm.br/seculoxxi <p style="text-align: justify;">A<strong> Século XXI: Revista de Ciências Sociais</strong> é uma publicação semestral do Programa de Pós-Graduação em Ciências Sociais do Centro de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Federal de Santa Maria - UFSM. Sua missão consiste na divulgação da produção científica da área de pós-graduação em ciências sociais com abragência nacional e internacional. Sua política editorial contempla a divulgação de trabalhos inéditos do âmbito das ciências sociais – sociologia, antropologia e ciência política - na forma de artigos e resenhas com relevância científica e social. Seu público alvo é constituído por docentes e pesquisadores vinculados às instituições de pesquisa e pós-graduação da área de ciências sociais. Seus artigos são inéditos e podem ser publicados em português, espanhol, inglês e francês.</p> <p style="text-align: justify;"><strong>eISSN 2236-6725 | Qualis/CAPES (2017-2020) = B1</strong></p> Universidade Federal de Santa Maria pt-BR Século XXI – Revista de Ciências Sociais 2179-8095 <p style="text-align: justify;">Autores que publicam na Século XXI: Revista de Ciências Sociais concordam com os seguintes termos:</p><ol type="a"><li><p style="text-align: justify;">Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a <a href="http://creativecommons.org/licenses/by/3.0/" target="_new">Licença Creative Commons Attribution</a> que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.</p></li><li><p style="text-align: justify;">Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.</p></li><li><p style="text-align: justify;">Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (Veja <a href="http://opcit.eprints.org/oacitation-biblio.html" target="_new">O Efeito do Acesso Livre</a>).</p></li></ol> Desastre ambiental no Brasil: a trágica história de Mariana – Minas Gerais https://periodicos.ufsm.br/seculoxxi/article/view/88479 <p>O artigo tem como objetivo refletir sobre os desastres ambientais no Brasil, sobretudo, sobre o rompimento da barragem de rejeitos minerários de Fundão, no município de Mariana, Minas Gerais, pertencente à empresa de mineração Samarco, que ocorreu em 5 de novembro de 2015. O rompimento deu vazão a mais de 55 milhões de metros cúbicos de rejeitos de mineração e foi considerado o maior desastre ambiental do Brasil. Como decorrência milhares de pessoas ficaram desabrigadas, houve dezenove mortes e o aumento da turbidez das águas do rio Doce em toda sua extensão, com impacto no abastecimento de água em cidades de Minas Gerais e Espírito Santo. Uma onda de lama atingiu populações ribeirinhas de agricultores, pescadores e indígenas, abrangendo mais de duzentos municípios direta e indiretamente, impactando suas vidas, o cotidiano, as práticas culturais e laborais. Passados oito anos do ocorrido, as famílias que perderam tudo, inclusive, entes queridos, ainda lutam por justiça.&nbsp;</p> Fabiane Regina Carvalho de Andrade Ibrahin Lúcia Maria Machado Bógus Mário Jorge da Silveira Junqueira Copyright (c) 2024 Fabiane Regina Carvalho de Andrade Ibrahin, Lúcia Maria Machado Bógus, Mário Jorge da Silveira Junqueira http://creativecommons.org/licenses/by-nc-sa/4.0 2024-08-05 2024-08-05 14 1 01 18 10.5902/2236672588479 A sujeição criminal: o conceito sob a perspectiva do comportamento desviante e estigma https://periodicos.ufsm.br/seculoxxi/article/view/88482 <p>Este artigo aborda a evolução da produção científica sobre o panorama criminal brasileiro, enfocando variáveis sociológicas para compreender o fenômeno criminal em constante mutação. Antes de explorar as causas da criminalidade, é crucial definir os comportamentos criminosos. O texto analisa o conceito de sujeição criminal de Michel Misse, incorporando contribuições de Howard Becker e Erving Goffman sobre comportamento desviante e estigma. A pesquisa revisita o trabalho de Misse, destacando convergências e adaptando-o à teoria sociológica brasileira. Utilizando notícias de portais e redes sociais, o artigo correlaciona eventos com a revisão conceitual. Ao conectar ideias de autores norte-americanos e brasileiros, o estudo oferece uma teoria sociológica aplicável aos comportamentos desviantes, estigma e criminalidade no contexto brasileiro. A abordagem interacionista busca compreender a criminalidade na sociedade brasileira, enriquecendo a análise com informações pertinentes à conjuntura social. O resultado é uma produção epistemológica singular sobre o cenário brasileiro.</p> Lorraine Carla da Costa Cordeiro Márcia Barros Ferreira Rodrigues Copyright (c) 2024 Lorraine Carla da Costa Cordeiro, Márcia Barros Ferreira Rodrigues http://creativecommons.org/licenses/by-nc-sa/4.0 2024-08-05 2024-08-05 14 1 19 36 10.5902/2236672588482 Transformando Florianópolis em uma cidade criativa de fato: articulações discursivas em torno da rede de economia criativa na cidade de Florianópolis https://periodicos.ufsm.br/seculoxxi/article/view/88483 <p>O presente artigo tem como objetivo traçar reflexões acerca da contribuição da teoria política do discurso para analisar o campo discursivo da Economia Criativa em Florianópolis. Frente a isso, buscou-se utilizar algumas categorias centrais da teoria política do discurso, tal como discurso, lógica da diferença, lógica da equivalência, significante vazio, hegemonia e antagonismo para olhar para a Rede de Economia Criativa da cidade. A partir disso, foi possível compreender a rede como um discurso, ou ainda, nos termos de Laclau e Mouffe (2015), como um sistema organizado de diferenças que busca preencher espaço e se consolidar hegemonicamente no campo da discursividade da economia criativa em Florianópolis.&nbsp; Um discurso que articula uma série de identidades distintas que suspendem suas diferenças em prol de um projeto político em comum que busca dar sentido à economia criativa.</p> Alice Hübner Franz Eloise Helena Livramento Dellagnelo Copyright (c) 2024 Alice Hübner Franz, Eloise Helena Livramento Dellagnelo http://creativecommons.org/licenses/by-nc-sa/4.0 2024-08-05 2024-08-05 14 1 37 56 10.5902/2236672588483 “Novo Ensino Médio” e neoliberalismo educacional: impactos no currículo e na gestão escolar https://periodicos.ufsm.br/seculoxxi/article/view/88486 <p>Com o início do Governo Lula, crescem os questionamentos ao Novo Ensino Médio e, entre os argumentos pela revogação, destacam-se os apontamentos sobre o caráter neoliberal da reforma que o instituiu. Procuramos contribuir para o debate a partir da identificação e análise das consequências do neoliberalismo educacional, baseando-nos nas definições de Dardot e Laval (2016) e de Laval (2020). Realizamos análise documental, partindo da Lei 5.692/1971 até chegar à publicação da BNCC e ao edital do PNLD 2021, passando por quatro propostas até a Lei 13.415/2017, cuja revogação segue em pauta no PL 5230/2023. A ligação entre o Novo Ensino Médio e o neoliberalismo é mais sofisticada que um ataque genérico ao ensino público. Trata-se, antes, da difusão de uma visão sobre o fazer educacional, com impactos sobre as instituições escolares e sobre a formação das subjetividades dos estudantes.</p> Maria Helena Costa Carvalho de Araujo Lima José Marciano Monteiro Valdonilson Barbosa dos Santos Copyright (c) 2024 Maria Helena Costa Carvalho de Araujo Lima, José Marciano Monteiro, Valdonilson Barbosa dos Santos http://creativecommons.org/licenses/by-nc-sa/4.0 2024-08-05 2024-08-05 14 1 57 76 10.5902/2236672588486 Sociologia da relação com o mundo: fundamentos críticos e fenomenológicos da obra de Hartmut rosa https://periodicos.ufsm.br/seculoxxi/article/view/88488 <p>O artigo analisa a obra do sociólogo alemão Hartmut Rosa, tendo como foco os fundamentos críticos e fenomenológicos da relação entre a modernidade e a aceleração social. A partir de uma abordagem teórica baseada na teoria crítica e na fenomenologia, Rosa busca compreender as implicações da aceleração social na vida coletiva e nas dinâmicas sociais. Para tanto, discutimos em detalhes as três fases da obra de Rosa: aceleração, alienação e ressonância, relacionando-as com a teoria crítica e a fenomenologia. Buscamos definir o seu projeto teórico como uma sociologia da relação com o mundo a partir dos processos de aceleração do tempo social, elaborado em uma tensão dinâmica entre alienação e ressonância.</p> Eduardo Rosa Guedes Laura Strelow Storch Copyright (c) 2024 Eduardo Rosa Guedes, Laura Strelow Storch http://creativecommons.org/licenses/by-nc-sa/4.0 2024-08-05 2024-08-05 14 1 77 101 10.5902/2236672588488 Condições de trabalho e satisfação do trabalhador https://periodicos.ufsm.br/seculoxxi/article/view/88489 <p>Este artigo tem como objetivo demonstrar que as formas de organização do processo de trabalho incidem sobre a satisfação dos trabalhadores, e, em consequência, determinam, em grande parte, as possibilidades de sucesso ou fracasso das empresas. Eficácia e eficiência empresariais dependem&nbsp;&nbsp; muito mais da eficácia e eficiência do desempenho das funções do conjunto dos trabalhadores do que da modernização tecnológica e organizacional. Trabalhadores que encontram no trabalho a oportunidade de realização de suas potencialidades de inteligência, criatividade, espírito crítico e&nbsp; iniciativa&nbsp; trabalham mais e melhor por que nele encontram a oportunidade de crescimento pessoal e profissional e satisfazem&nbsp;&nbsp; suas necessidades de autoestima e autorealização, e, por isso,&nbsp; garantem a eficácia e eficiência empresariais, tal como demonstraram as pesquisas dos autores que fundamentam este artigo.&nbsp; Este é o desafio do capital: motivar o trabalhador para o trabalho a fim de reduzir a sua resistência às condições capitalistas de trabalho e fazê-lo “colaborar”.</p> Noêmia Lazzareschi Copyright (c) 2024 Noêmia Lazzareschi http://creativecommons.org/licenses/by-nc-sa/4.0 2024-08-05 2024-08-05 14 1 102 117 10.5902/2236672588489