Revisitando responsabilidades e violência através de agentes religiosos, na África do Sul e no País Basco.

Autores

DOI:

https://doi.org/10.5902/2236672538083

Palavras-chave:

restituição, ativistas religiosos, nova violência, temas envolvidos, pós-apartheid, processo de paz basco.

Resumo

Este texto trata de aspectos novos e desconfortáveis que enfatizam processos de gestão da violência interna e reconstrução nacional. Especificamente, analiso mobilizado por agentes religiosos que questionam esses esforços, mostrando outras figuras de responsabilidade e de sofrimento que normalmente são minimizados para colocar todos os olhos e dispositivos no atividades vítima-agressor essencializada par. Discuto isso a partir de exemplos de dois contextos diferentes: o pós-apartheid da África do Sul e o processo de paz basco (Espanha). O material etnográfico aborda os efeitos e várias facetas que envolvem pedidos de "restituição" mobilizada pela entidade sul-Africana Restitution Center que, sem abandonar a categoria de reconciliação que dominava o CVR, visa sensibilizar a comunidade branca sobre sua dívida, a sua responsabilidade durante o apartheid.  O segundo é xm registro etnográfico de um mobilizados pela Diocese de Bilbao (País Basco) "BAKE topaketa, Encontro para a Paz", que visa sensibilizar o público em geral sobre casos de evento vítimas menos conhecidas, que por sua vez têm relacionamento com os vitimadores do ETA (organização ETA). É interessante pensar na complexidade das dimensões que englobam processos de violência interna que, com o passar dos anos, mostram novas facetas e novos protagonistas. A dimensão religiosa aqui funciona como uma força motriz para outros movimentos, através de especialistas ativistas religiosos, com sua retórica e recursos específicos.

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Biografia do Autor

Adriana Maria Villalón, Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP)

Doctora en Antropología Social; Becaria postdoctoral por Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP) en el Programa de Posgrado en Antropología Social (PPGAS) del Instituto de Filosofía y Ciencias Humanas (IFCH) de la Universidad Estadual de Campinas (Unicamp), Campinas, SP, Brasil.

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Matins: "El País Vasco cura sus heridas"

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Las personas torturadas también somos víctimas» https://www.naiz.eus/en/actualidad/noticia/20170311/sortu-la-paz-necesita-que-se-sepa-toda-la-verdad-y-se-reconozca-a-todas-las-victimas

“ETA puso cinco bombas en mi empresa. Nadie llamó para preguntar” https://elpais.com/politica/2017/10/20/actualidad/1508512667_395685.html

“No pude más. Decidí que iba a pagar. Empresarios extorsionados por ETA, hoy en ‘360°’

El programa de ETB-2 ofrecerá el reportaje titulado ‘50 años de olvido’, conducido por Xabier García-Ramsden

https://www.noticiasdegipuzkoa.eus/2017/11/08/ocio-y-cultura/empresarios-extorsionados-por-eta-hoy-en-360

El confidencial 12-3-2017: "El 'cáncer' del olvido de los extorsionados por ETA: "No son víctimas de segunda clase". https://www.elconfidencial.com/espana/pais-vasco/2017-03-12/pais-vasco-eta-terrorismo-extorsion-empresarios_1346279/

Publicado

2020-06-23

Como Citar

Villalón, A. M. (2020). Revisitando responsabilidades e violência através de agentes religiosos, na África do Sul e no País Basco. Século XXI – Revista De Ciências Sociais, 9(2), 528–566. https://doi.org/10.5902/2236672538083