Educação cooperativista e inovação social: o caso da Cooperativa de Trabalho de Pessoas com Deficiência e Familiares - COOPDEF
DOI:
https://doi.org/10.5902/2359043241195Palavras-chave:
Cooperativismo, educação cooperativista, inovação socialResumo
Esse estudo tem como objetivo analisar como a educação e a formação cooperativista subsidiou o desenvolvimento de inovações sociais na Cooperativa de Trabalho de Pessoas com Deficiência e Familiares (COOPDEF), com sede na cidade de Juiz de Fora, estado de Minas Gerais. Optou-se pela observação direta, análise documental e realização de entrevistas semiestruturadas como técnicas de coleta de dados. Como resultados, cabe destacar que a educação e formação cooperativista permitiu a partilha de experiências e de expectativas dos envolvidos, fomentou espaços para a aprendizagem social e permitiu o desenvolvimento de competências necessárias à gestão do empreendimento de modo não tutorado.Downloads
Referências
ALBUQUERQUE, P. P. Reflexões sobre contemporaneidade, educação e agir cooperativo. In:
SCHNEIDER, J. O. Educação cooperativa e suas práticas. Brasília, DF: UNISINOS, 2003. p.109-34.
BARDIN, Laurence. Análise de conteúdo. Lisboa - Portugal: Edições 70, Ltda. 1977.
BAUMGARTEN, Maíra. Ciência, tecnologia e desenvolvimento – redes e inovação social. Parcerias Estratégicas, n. 26, pp. 101 - 123, 2008.
BIGNETTI, Luiz Paulo. As inovações Sociais: uma incursão por ideias, tendências e focos de pesquisa. Ciências Sociais Unisinos, v. 47, n. 1, p. 3-14, 2011.
BUENO, S. Silveira. Minidicionário da língua portuguesa. 2. ed. São Paulo: FTD, 2007
BÚRIGO, F. L. Finanças e Solidariedade: uma análise do cooperativismo de crédito rural solidário no Brasil. 2006. Tese (Doutorado em Sociologia Política) - Centro de Filosofia e Ciências Humanas, Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis.
CANÇADO, Airton Cardoso. Autogestão em cooperativas Populares: os desafios da prática. Salvador: IES, 2007.
CANÇADO; GHIZONI, Liliam Deisy. ITCP/NESol/UFT ontem, hoje e amanhã: um balanço dos primeiros cinco anos. NAU – A Revista da Residência Social, v.4, n.6, p.19-33, Mai/Out, 2013.
CANÇADO; GONTIJO, M. C. H. Princípios Cooperativistas: origens, evolução e influencia na legislação brasileira. In: Encontro de Investigadores Latino-Americano de Cooperativismo 3, São Leopoldo, 2004. Anais... 2004.
CANÇADO; VIEIRA, Naldeir S. Para a Apreensão de um Conceito de Cooperativa Popular: entendendo e discutindo as diferenças entre cooperativas tradicionais e populares. Bahia Analise & Dados, v. 23, p. 23-40, 2013.
CARVALHO, Jacqueline Elisa Furtado Barreto de; CANÇADO, Airton Cardoso; PEREIRA, José Roberto. Gestão e Racionalidade: Análise da Metodologia de Incubação de Cooperativas Populares da ITCP/NESol/UFT. REDES, Santa Cruz do Sul, 2011, v.16, n.3, p.5-27.
DEFOURNY, Jacques. Economia Social. In: CATTANI, Antonio D. et al. Dicionário Internacional da Outra Economia. Gráfica de Coimbra Ltda: Coimbra, 2009.
DIOGO, Vera. Dinâmicas de Inovação Social e suas Implicações no Desenvolvimento Espacial: três iniciativas do terceiro sector no norte de Portugal. Dissertação de Mestrado em Riscos, Cidades e Ordenamento do Território. 2010.
DOWBOR, Ladislau. Inovação Social e Sustentabilidade. In: FARFUS, Daniele et al. Inovação Social. Curitiba: SESI/SENAI/IEL/UNINDUS, v. 2., 2007.
EZPONDA; Javier E.; MALILLOS; Lucía M. Cambio de Paradigma em los Estudios de Innovación: El giro social de lãs políticas europeas de innovacion. ARBOR- Ciencia, Pensamiento y Cultura. v.187, n. 752, 2011, p. 1031-1043.
FARIA, M. S. de. Autogestão, cooperativa e economia solidária: avatares do trabalho e do capital.Florianópolis: Em Debate, 2011
FERREIRA, P. R.; SOUSA, D. N. de. O campo da educação cooperativista e sua relação com o Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo (Sescoop). Interações, v. 19, n. 4, p. 773-787, dez. 2018.
FERREIRA, P. R.; SOUSA, D. N. de. Educação cooperativista: Aprofundando o conceito: Cooperativismo & Desarrollo, v. 27, n. 115, 14 nov. 2019.
FRAZÃO, Nuno; CARVALHO; Isabel L.; CARLOS; Filipa. Social Innovation in Cidadania Ativa Programme Projects. Calouste Gulbenkian Foundation. Lisboa. 2015.
GODOY, Arilda S. Estudo de caso qualitativo. In: GODOI, C. K., BANDEIRA-DE-MELO, R.; SILVA, A. B. Pesquisa Qualitativa em Estudos Organizacionais: paradigmas, estratégias e métodos. São Paulo: Saraiva, 2006.
HENDGES, M.; SCHNEIDER, J. O. Educação e capacitação cooperativa: sua importância e aplicação. Economia Solidária e Ação Cooperativa (Esac), Unisinos, v. 1, n. 1, p. 33-48, jul./dez. 2006.
IONESCU, C. About the conceptualization of social innovation. Theoretical and Applied Economics, v. 22, n. 3, p. 53-62, 2015.
KLEIN; Juan-Luis. Introduction: social innovation at the crossroads between science, economy and society. In: MOULAERT, Frank; MACCALLUM; Diana; MEHMOOD, Abid; HAMDOUCH; Abdelillah. The International Handbook on Social Innovation. Cheltenham – UK: Edward Elgar, 2013.
KLEIN; Juan-Luis; FONTAN, Jean-Marc; HARRISSON, Denis; LEVESQUE; Benoît. The Quebec System of Social Innovation: a focused analysis on the local develop ment field. Finisterra, n. 47, v. 94, 2012, pp. 9-28.
MATTOS, Pedro Lincoln. Análise de entrevistas não estruturadas: da formalização à pragmática da linguagem. In: GODOI, C. K., BANDEIRA-DE-MELO, R.; SILVA, A. B. Pesquisa Qualitativa em Estudos Organizacionais: paradigmas, estratégias e métodos. São Paulo: Saraiva, 2006.
MEHMOOD, A.; PARRA, C. Social innovation in an unsustainable world. In: MOULAERT, Frank; MACCALLUM; Diana; MEHMOOD, Abid; HAMDOUCH; Abdelillah. The International Handbook on Social Innovation. Cheltenham – UK: Edward Elgar, 2013.
MERRIAM, S. Designing the study and selecting a sample. In: ______ Qualitative research and case study applications in education. San Francisco: Jossey-Bass, 1998.
MOULAERT, Frank; MACCALLUM, Diana; HILLIER, Jean. Social Innovation: intuition, precept, concept, theory and practice. In: MOULAERT, Frank; MACCALLUM; Diana; MEHMOOD, Abid; HAMDOUCH; Abdelillah. The International Handbook on Social Innovation. Cheltenham – UK: Edward Elgar, 2013.
MOURA; E. P. G. de. O que estamos fazendo enquanto incubamos? In: SHOLS; R. H. (org.) Economia solidária e incubação: uma construção coletiva de saberes. São Leopoldo: Oikos, 2014.
MULGAN; Geoff. Inovação social. In: AZEVEDO, Carlos; FRANCO; Raquel C.; MENEZES, João W. Gestão de Organizações Sem Fins Lucrativos: o desafio da inovação social. Porto: Uniarte Gráfica S. A. 2010. pp. 51-74.
NAMORADO, R. Cooperativismo. In: CATTANI, Antonio D. et al. Dicionário Internacional da Outra Economia. Gráfica de Coimbra Ltda: Coimbra, 2009, pp.96-102.
NUNES, D. Pedagogia da participação: trabalhando com comunidades. Salvador: UNESCO/Quarteto, 2006.
OCB. Ramos do Cooperativismo. Disponível em: <https://www.ocb.org.br/ramos>. Acesso em: 01 jun. 2019.
OCEPAR. Cooperativismo – os clássicos. Disponível em: http://www.paranacooperativo.coop.br/ppc/index.php/sistema-ocepar/2011-12-05-11-29-42/interpretacoes-da-legislacao-cooperativista/107452-cooperativismo-os-classicos. Acesso em: 20 mai. 2019.
OLIVEIRA, Carlos; BREDA-VÁZQUEZ, Isabel. Creativity and Social Innovation: What Can Urban Policies Learn from Sectoral Experiences? International Journal of Urban and Regional Research, v. 36, n.3, 2012, p. 522–38.
PARENTE, Cristina; MARCOS, Vanessa; DIOGO, Vera. Sobre inovação e empreendedorismo social. In: PARENTE, Cristina. Empreendedorismo Social em Portugal. Porto: Universidade do Porto. 2014.
PARENTE; QUINTÃO, Carlota. Uma abordagem eclética ao empreendedorismo social. In: PARENTE, Cristina. Empreendedorismo Social em Portugal. Porto: Universidade do Porto. 2014. Cap. 1.
PHILLS Jr, James A.; DEIGLMEIER, Kriss; MILLER, Dale T. Rediscovering Social Innovation, Stanford Social Innovation Review. 2008.
PINHO, P. B. A educação cooperativa nos anos 2000 valorizando a cidadania brasileira In: Schneider, J. O. Educação cooperativa e suas práticas. Brasília: Unisinos. 2003.
RODRIGUES, Andrea L. Modelos de Gestão e Inovação Social em Organizações Sem Fins Lucrativos: Divergências e Convergências entre Nonprofit Sector e Economia Social. In: Encontro da Associação Nacional dos Programas de Pós-Graduação e Pesquisa em Administração, 30, 2006, Salvador. Anais..., Salvador: ANPAD, 2006. 1 CD ROM.
SCHNEIDER, Jose Odelso. A doutrina do cooperativismo: análise do alcance, do sentido e da atualidade dos seus valores, princípios e normas nos campos atuais. Cadernos Gestão Social, v. 3, n. 2, p. 251-273, 2012.
SILVA, Anderson Roberto Pires e; BARBOSA, Maria José de Souza; ALBUQUERQUE, Francivaldo dos Santos. Sustentabilidade de empreendimentos econômicos solidários: análise da Cooperativa dos Fruticultores de Abaetetuba. Rev. Adm. Pública, Rio de Janeiro , v. 47, n. 5, p. 1189-1211, Oct. 2013 . Available from http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0034-76122013000500006&lng=en&nrm=iso. access on 14 Apr. 2020. https://doi.org/10.1590/S0034-76122013000500006.
SILVEIRA, J. F. F. A comunicação no processo de legitimação do Sistema de Crédito Cooperativo. Dissertação (Mestrado em Comunicação Social) Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, 2004.
SINGER, P. Introdução à economia solidária. São Paulo: Editora Fundação Abramo, 2013.
SOUSA, D. N. DE et al. A comunicação na articulação agroindustrial entre uma cooperativa central, suas cooperativas singulares e cooperados. Revista de Economia e Sociologia Rural, v. 52, n. 3, p. 495–514, set. 2014.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
- Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
- Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
- Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (Veja O Efeito do Acesso Livre).