Análise da dor crônica em mulheres pós mastectomia com ou sem radioterapia
DOI:
https://doi.org/10.5902/2236583472066Palavras-chave:
Neoplasias da mama, Dor crônica, Mastectomia, Radioterapia, FisioterapiaResumo
Objetivo: Comparar as características da dor crônica em mulheres que realizaram cirurgia para o câncer de mama e que receberam ou não radioterapia. Métodos: Foi realizado um estudo de abordagem quantitativa e caráter transversal. A amostra foi dividida em 2 grupos: mulheres que fizeram mastectomia e radioterapia (GR = 8) e mulheres que fizeram apenas mastectomia (GNR = 9), após, no mínimo, três meses de pós-operatório. Foram aplicados os seguintes instrumentos: ficha de avaliação, questionário McGill, Mapa Corporal, Escala Visual Analógica, além da mensuração da perimetria. Resultados: A dor esteve presente em 94,11% das participantes, sendo que em ambos os grupos a dor teve início após a cirurgia, com frequência diária e com pouca duração. Os movimentos de empurrar e puxar foram citados por 75% das participantes do GR como causadores da dor, já no GNR o movimento de alcançar foi o mais citado (44%). Em relação à sensibilidade, a região lateral do tórax foi significativamente diferente entre os grupos. Quanto ao questionário McGill foi observada dor de baixa intensidade para ambos os grupos e quanto aos descritores os mais utilizados foram cansativa (87,50%), chata (75%), enjoada (62,50%), amedrontadora (62,50%) e repuxa (62,50%) para o GR e fisgada (77,77%), agulhada (66,66%), cansativa (66,66%), enjoada (66,66%), amedrontadora (66,66%), castigante (66,66%) e miserável (66,66%) para o GNR. Conclusão: A dor crônica após o tratamento do câncer de mama apresentou alta ocorrência para ambos os grupos. Embora de baixa intensidade, a dor afetava a realização de movimentos e atividades de vida diária. Desta forma, são necessários cuidados para alívio da dor considerando-se suas especificidades.
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