Estado nutricional e risco de disfagia em idosos institucionalizados
DOI:
https://doi.org/10.5902/2236583473608Palavras-chave:
Idoso, Estimativa de vida, Deglutição, NutriçãoResumo
Objetivo: Avaliar e relacionar o estado nutricional e a deglutição, por escores de estimativa de vida em idosos institucionalizados. Métodos: Participaram do estudo 13 idosos do sexo masculino, residentes de uma Instituição de longa permanência. A amostra foi estratificada em dois grupos de acordo com Índice de Charlson corrigido para idade: alto risco de mortalidade (n=8) e baixo risco de mortalidade (n=5). A média de idade foi de 81,31±7,1 anos. Realizadas avaliações nutricionais (cálculo do Índice de Massa Corporal, mensuração de circunferências abdominal, braço e panturrillha; bioimpedância, miniavaliação alimentar-, força de preensão palmar); avaliação clínica da deglutição e do risco para disfagia. Resultados: O grupo com alto risco de mortalidade apresentou sobrepeso (62,5%), risco para doença cardiovascular pela circunferência abdominal (50%), risco para desnutrição pela miniavaliação alimentar (50%), dinapenia (50%) e risco para disfagia (62,5%). O grupo com baixo risco de mortalidade apresentou sobrepeso (80%), risco para doença cardiovascular (80%); risco para desnutrição (20%) e risco para disfagia (80%). Foi encontrada relação positiva e moderada entre Índice de Charlson e miniavaliação alimentar (r=0,62); negativa e moderada entre miniavaliação alimentar e o risco de disfagia (rho=-0,59) e positiva e moderada entre o risco para disfagia e a força de preensão palmar (rho=0,67). Conclusão: Idosos, independente da estimativa de vida, apresentaram alteração nutricional e risco para disfagia. No entanto, a dinapenia foi prevalente no grupo com alto risco de mortalidade.
Downloads
Referências
Xavier JS, Gois ACB, de Carvalho Palhano Travassos L, Pernambuco L. Oropharyngeal dysphagia frequency in older adults living in nursing homes: An integrative review. Codas. 2021;33(3):1–12.
Oliveira AS. Transição demográfica, transição epidemiológica e envelhecimento populacional no brasil. Hygeia - Revista Brasileira de Geografia Médica e da Saúde. 2019 Nov 1;15(32):69–79.
Rech RS, Baumgarten A, Colvara BC, Brochier CW, de Goulart BNG, Hugo FN, et al. Association between oropharyngeal dysphagia, oral functionality, and oral sensorimotor alteration. Oral Dis. 2018 May 1;24(4):664–72.
Miquilussi PA, Zanata IDL, Sartori APDA, Silva JTN da, Silva J da. A percepção da qualidade de vida do idoso disfágico após intervenção fonoaudiológica. Revista de Saúde Pública do Paraná. 2019 Jul 16;2(1):93–102.
da Silva RS, Fedosse E, dos Santos Pascotini F, Riehs EB. Health conditions of institutionalized elderly: Contributions to interdisciplinary action and health promoter. Brazilian Journal of Occupational Therapy. 2019;27(2):345–56.
Damo CC, Doring M, Alves ALS, Portella MR. Risk of malnutrition and associated factors in institutionalized elderly persons. Revista Brasileira de Geriatria e Gerontologia. 2018 Dec;21(6):711–7.
Cichero JAY. Alterações relacionadas à idade na alimentação e deglutição impactam na fragilidade: aspiração, risco de asfixia, textura alimentar modificada e autonomia de escolha. Geriatria. 2018;3(4):69.
Charlson M, Szatrowski T, Peterson J, Gold J. Validation of a combined comorbidity index. J Clin Epidemiol 1994;47:1245-1251.
Gonçalvez MI, Remaili CB, Behlau M. Cross-cultural adaptation of the Brazilian version of the Eating Assessment Tool-EAT-10. Codas. 2013;25(6):601-604.
Brasil. Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção à Saúde, Departamento de Atenção Básica. Envelhecimento e saúde da pessoa idosa. Brasília, DF: Ministério da Saúde; 2007. (Caderno de Atenção Básica, 19).
Lohman T, R. A.; martoreli, R. Anthropometric standardization reference manual. Champaign: Human Kinetics Publishers, 1988.
WHO. Physical Status: The use and interpretation of anthropometry. World Health Organization, Geneva 1995.
Cruz-Jentoft AJ, Landi F, Topinková E, Michel JP. Understanding sarcopenia as a geriatric syndrome. Vol. 13, Current Opinion in Clinical Nutrition and Metabolic Care. 2010. p. 1–7.
Padovani AR, Moraes DP, Mangilli LD, Andrade CRF. Protocolo de Avaliação do Risco para a Disfagia (PARD). In: Andrade CRF, Limongi SCO (Org). Disfagia: prática baseada em evidências. São Paulo: Sarvier; 2012. p. 62-73.
Tuty Kuswardhani RA, Henrina J, Pranata R, Anthonius Lim M, Lawrensia S, Suastika K. Charlson comorbidity index and a composite of poor outcomes in COVID-19 patients: A systematic review and meta-analysis. Diabetes and Metabolic Syndrome: Clinical Research and Reviews. 2020 Nov 1;14(6):2103–9.
Shuvy M, Zwas DR, Keren A, Gotsman I. The age-adjusted Charlson comorbidity index: A significant predictor of clinical outcome in patients with heart failure. Eur J Intern Med. 2020;73:103–4.
de Amorim JSC, Torres KCL, Teixeira-Carvalho A, Martins-Filho OA, Lima-Costa MF, Peixoto SV. Inflammatory markers and occurrence of falls: Bambuí Cohort Study of Aging. Rev Saude Publica. 2019;53.
OMS, G. El estado físico: uso e interpretación de la antropometría. s/l,Ginebra (Suíça) OMS 1995.
Machado LG, Domiciano DS, Figueiredo CP, Caparbo VF, Takayama L, Oliveira RM, Lopes JB, Menezes PR, Pereira RM. Visceral fat measured by DXA is associated with increased risk of non-spine fractures in nonobese elderly women: a population-based prospective cohort analysis from the Sao Paulo Ageing & Health (SPAH) study. Osteoporos Int 2016;27:3525–33.
Oliveira LP, Cabral NLA, Vale D, Lyra CO, Lima KC. Prevalência de desnutrição em idosos institucionalizados: uma revisão crítica sistemática. J Health Biol Sci. 2014;2(3):135-41.
Costa A. Relação entre os Dados Antropométricos e o Controlo Glicémico nos Diabéticos. Med Interna (Bucur). 2019 Mar 10;26(1):21–7.
Da Silva Alexandre T, Scholes S, Ferreira Santos JL, de Oliveira Duarte YA, de Oliveira C. Dynapenic Abdominal Obesity Increases Mortality Risk among English and Brazilian Older Adults: A 10-Year Follow-Up of the ELSA and SABE Studies. J Nutr Health Aging. 2018;22(1):138-144
Pereira MLAS, de Almeida Moreira P, de Oliveira CC, Roriz AKC, Amaral MTR, Mello AL, et al. Estado nutricional de ancianos brasileños institucionalizados: Un estudio con el mini nutritional assessment. Nutr Hosp. 2015 Oct 3;31(3):1198–204.
Araújo RG, Moura RBB de, Cabral CS, Paiva GT de, Cavalcanti IC da SP, Olinto EO dos S, et al. Correlação da força de preensão palmar e parâmetros nutricionais em idosos hospitalizados/Correlation of handgrip strength and nutritional parameters in hospitalized elderly. Brazilian Journal of Health Review. 2020;3(6):15838–51.
Pourhassan M, Rommersbach N, Lueg G, Klimek C, Schnatmann M, Liermann D, et al. The impact of malnutrition on acute muscle wasting in frail older hospitalized patients. Nutrients. 2020 May 1;12(5).
Haddad PCM de B, Calamita Z. Aspectos sociodemograficos, qualidade de vida e saúde do idoso institucionalizado. Revista de Enfermagem UFPE on line. 2020 Jan 8;14.
Igarashi K, Kikutani T, Tamura F. Survey of suspected dysphagia prevalence in home-dwelling older people using the 10-Item Eating Assessment Tool (EAT-10). PLoS One. 2019 Jan 1;14(1).
Ferraz MST, Guimarães MF, Nunes JDA, Azevedo EHM. Risco de Disfagia e Qualidade de Vida em Idosos Saudáveis. Distúrbios da Comunicação. 2020 Sep 3;32(3):454–61.
Santos BP, Andrade MJC, Silva RO, Menezes E da C. Dysphagia in the elderly in long-stay institutions - a systematic literature review. Revista CEFAC. 2018 Feb;20(1):123–30.
Carrión S, Cabré M, Monteis R, Roca M, Palomera E, SerraPraat M et al. Oropharyngeal dysphagia is a prevalent risk factor for malnutrition in a cohort of older patients admitted with an acute disease to a general hospital. Clin Nutr 2015; 34: 436e442.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2024 Simone de Souza Genehr, Gabriele Dos Anjos Palagi da Silva, Fernanda dos Santos Pichini, Angela Ruviaro Busanello-Stella, Adriane Schmidt Pasqualoto
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial-NoDerivatives 4.0 International License.
Direito autoral (Copyright): todo o conteúdo do periódico, exceto onde está identificado, está licenciado sob uma Licença Creative Commons Atribuição-NãoComercial-SemDerivações 4.0 Internacional (CC BY-NC-ND 4.0) https://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0/deed.pt_BR/.
A Declaração de Direito Autoral e os itens a serem observados podem ser visualizados abaixo:
1. Política para Periódicos de Acesso Livre
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
a) Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
b) Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
c) Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (Veja O Efeito do Acesso Livre).
Todo o conteúdo do periódico, exceto onde está identificado, está licenciado sob uma Licença Creative Commons Atribuição-NãoComercial-SemDerivações 4.0 Internacional (CC BY-NC-ND 4.0) https://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0/deed.pt_BR/.