Associação entre o estresse oxidativo e estado inflamatório com variáveis extrapulmonares em tabagistas

Autores

  • Helenize Veron Lopes Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), Santa Maria, RS
  • Andressa Brum Félix Universidade Federal de Santa Maria, Santa Maria, RS
  • André Felipe Santos da Silva Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), Santa Maria, RS
  • Elizabeth do Canto Brancher Universidade Federal de Santa Maria, Santa Maria, RS
  • Daniele Prestes Universidade Federal de Santa Maria, Santa Maria, RS
  • Eduardo Matias dos Santos Steidl Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), Santa Maria, RS
  • Renata Mancopes Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), Santa Maria, RS
  • Adriane Schmidt Pasqualoto Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), Santa Maria, RS

DOI:

https://doi.org/10.5902/2236583429888

Palavras-chave:

Physiotherapy, Tobacco, Oxidative stress

Resumo

Objetivo: Avaliar o estresse oxidativo e estado inflamatório de tabagistas e não tabagistas e analisar a associação com variáveis extrapulmonares. Métodos: Estudo transversal e descritivo, onde a amostra foi composta por 10 tabagistas (GT) e 10 não tabagistas. Após a espirometria, foram submetidos à análise do Hemograma, da Proteína C-Reativa us e TBARS e avaliação da força muscular respiratória, capacidade funcional e da qualidade de vida. A homogeneidade das variáveis foi testada pelo teste Levene, as diferenças entre os grupos foram analisadas pelo teste t de Student ou teste U de Mann-Whitney. Associações entre as variáveis foram avaliadas pelo teste de correlação de Pearson ou Spearman. Resultados: GT apresentou carga tabágica de 29,49±33,66 anos/maço e consumo diário de cigarros de 13,5±8,5. Foi encontrada diferença entre os grupos no nível de leucócitos 9750±2269 X 7320±1692 (p=0,028) entre os grupos. Houve associação entre PCR-us e carga tabágica (r= 0,806; p=0,007) e entre TBARS e PEmáx (r= 0,818; p= 0,006). Conclusão: houve presença de leucocitose no GT, bem como associação entre PCR-us e carga tabágica e entre PEmáx e TBARS. Não foram encontradas associações das demais variáveis com os níveis de TBARS e PCR-us.

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Biografia do Autor

Helenize Veron Lopes, Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), Santa Maria, RS

Fisioterapeuta pela Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), Especialista em Reabilitação Físico-Motora pela Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), Santa Maria, RS, Brasil

Andressa Brum Félix, Universidade Federal de Santa Maria, Santa Maria, RS

Fisioterapeuta pela Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), Especialista em Reabilitação Físico-Motora pela Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), Santa Maria, RS, Brasil

André Felipe Santos da Silva, Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), Santa Maria, RS

Fisioterapeuta pelo Centro Universitário Franciscano, Especialista em Reabilitação Físico-Motora pela Universidade Federal de Santa Maria (UFSM)

Elizabeth do Canto Brancher, Universidade Federal de Santa Maria, Santa Maria, RS

Fisioterapeuta pela Universidade Federal do Pampa, Especialista em Reabilitação Físico-Motora pela Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), Santa Maria, RS, Brasil

Daniele Prestes, Universidade Federal de Santa Maria, Santa Maria, RS

Fisioterapeuta pelo Centro Universitário Franciscano, Santa Maria, RS
Especialista em Reabilitação Físico-motora pela Universidade Federal de Santa Maria, Santa Maria, RS
Mestranda em Distúrbios da Comunicação Humana, Universidade Federal de Santa Maria, Santa Maria, RS

Eduardo Matias dos Santos Steidl, Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), Santa Maria, RS

Fisioterapeuta pelo Centro Universitário Franciscano, Santa Maria, RS
Mestre em Distúrbios da Comunicação Humana pela Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), Santa Maria, RS, Brasil

Renata Mancopes, Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), Santa Maria, RS

Fonoaudióloga pelo Instituto Metodista de Educação e Cultura (IMEC), Doutora em Linguística pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), Santa Maria, RS, Brasil

Adriane Schmidt Pasqualoto, Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), Santa Maria, RS

Fisioterapeuta pela Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), Doutora em Ciências Pneumológicas pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), Santa Maria, RS, Brasil. 

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Publicado

2019-01-16

Como Citar

Lopes, H. V., Félix, A. B., da Silva, A. F. S., Brancher, E. do C., Prestes, D., Steidl, E. M. dos S., Mancopes, R., & Pasqualoto, A. S. (2019). Associação entre o estresse oxidativo e estado inflamatório com variáveis extrapulmonares em tabagistas. Saúde (Santa Maria), 3(44). https://doi.org/10.5902/2236583429888

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