Adesão ao tratamento medicamentoso e não medicamentoso da Hipertensão Arterial Sistêmica

Autores

DOI:

https://doi.org/10.5902/2236583448245

Palavras-chave:

Hipertensão Arterial, Tratamento, Adesão

Resumo

Fundamento: A Hipertensão Arterial Sistêmica é um importante fator de risco para as doenças cardiovasculares. Objetivo: conhecer o perfil epidemiológico da adesão ao tratamento da Hipertensão Arterial Sistêmica em pacientes hipertensos atendidos em uma Unidade Básica de Saúde no município de Criciúma/SC. Métodos: Trata-se de uma pesquisa quantitativa, observacional transversal, com uma amostra de 245 pessoas. A coleta de dados ocorreu através da aplicação de dois questionários, sendo um a versão traduzida para o português do Brief Medication Questionnaire e o outro um questionário com perguntas subjetivas de múltiplas escolhas. Resultados: 92,9% dos entrevistados não usam saleiro na mesa; 63,2% consomem fontes industrializadas de sal; 31,0% consomem produtos lácteos desnatados; 51,4% não fazem dieta para HAS; 88,2% afirmaram não ser tabagistas ativo e/ou passivo; 74,3% nunca consomem álcool; 68,2% não realizam atividade física; 58,0% controlam o peso; 60,4% não conseguem controlar a ansiedade e/ou estresse; 56,7% recebem incentivo da família para aderir ao tratamento da HAS; 78,8% sabem o que é HAS e as possíveis complicações se não tratada corretamente. Em relação ao tratamento medicamentoso 22,9% tem adesão ao tratamento e 47,8% têm provável adesão. Contudo, não encontrou-se significância estatística entre adesão ao tratamento medicamentoso e idade, sexo, escolaridade e renda. Conclusão: Apesar de a população estudada ter conhecimento sobre os malefícios provocados pela Hipertensão Arterial, ainda assim a taxa de adesão ao tratamento anti-hipertensivo em geral é baixa, sendo necessário políticas públicas para aumentar o grau de adesão ao tratamento anti-hipertensivo.

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Biografia do Autor

Jamila Albarello, Universidade do Extremo Sul Catarinense

Residente em Clínica Médica no Hospital de Clínicas – Passo Fundo (RS) – Brasil.

André De Luca dos Santos, Universidade do Extremo Sul Catarinense

Especialista em Cardiologia. Professor do Curso de Medicina da Universidade do Extremo Sul Catarinense - UNESC - Criciúma (SC) - Brasil.

David Batista Gesuino, Universidade do Extremo Sul Catarinense

Engenheiro de Produção. Membro técnico do Núcleo de Assessoria Estatística – NAE, da Universidade do Extremo Sul Catarinense – UNESC – Criciúma (SC) – Brasil.

Kristian Madeira, Universidade do Extremo Sul Catarinense

Doutor em Ciências da Saúde. Mestre em Educação. Especialista em Educação Matemática e Licenciado em Ciências e Matemática pela Universidade do Extremo Sul Catarinense -UNESC. Professor e pesquisador da Universidade do Extremo Sul Catarinense - UNESC - Criciúma (SC) - Brasil.

Fabiane Ferraz, Universidade do Extremo Sul Catarinense

Enfermeira. Doutora em Enfermagem. Professora de Graduação e do Programa de Pós-Graduação em Saúde Coletiva – Mestrado Profissional (PPGSCol), da Universidade do Extremo Sul Catarinense- UNESC – Criciúma (SC) – Brasil.

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Publicado

2020-12-28

Como Citar

Albarello, J., dos Santos, A. D. L., Gesuino, D. B., Madeira, K., & Ferraz, F. (2020). Adesão ao tratamento medicamentoso e não medicamentoso da Hipertensão Arterial Sistêmica. Saúde (Santa Maria), 46(2). https://doi.org/10.5902/2236583448245

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