Resistência à Colistina em isolados de hemoculturas de recém-nascidos admitidos em um hospital escola
DOI:
https://doi.org/10.5902/2236583428469Palavras-chave:
Sepse, Recém-nascido, ColistinaResumo
O objetivo deste estudo foi avaliar a resistência frente à colistina em isolados de hemoculturas de recém-nascidos (RN) admitidos em um Hospital Escola no período de 4 anos. Os testes de identificação e os perfis de sensibilidade frente aos antimicrobianos foram realizados através de sistemas automatizados. No período deste estudo, 923 hemoculturas foram positivas, 92,09% (850/923) causadas por microrganismos Gram-positivos e 7,91% (73/923) por Gram-negativos. Destas, dois isolados foram resistentes à colistina: Acinetobacter baumannii e Sphingomonas paucimobilis; e um isolado de Pseudomonas aeruginosa mostrou perfil intermediário a este antimicrobiano, apresentando também significativa resistência aos carbapenêmicos. Este perfil é preocupante uma vez que estes antimicrobianos constituem a última alternativa para o tratamento de infecções causadas por bacilos Gram-negativos multirresistentes. Os resultados deste estudo sinalizam para o seguimento do monitoramento desta resistência.
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