Fotografia infantil, memória e afeto: acompanhamentos fotográficos no primeiro ano de bebês
DOI:
https://doi.org/10.5902/1983734886181Palavras-chave:
Registro fotográfico, Infância, Afetividade, LembrançaResumo
Este artigo propõe uma análise da relação da fotografia infantil como suporte que permite o exercício de memórias afetivas. A fotografia de modo geral sofreu muitas transformações ao longo dos anos. No entanto, a sua importância na criação e preservação de lembranças, permanece incontestável. A pergunta norteadora para a realização desta pesquisa é: qual a importância do acompanhamento fotográfico no primeiro ano de vida do bebê para a memória afetiva das pessoas? Esta pesquisa conta com um breve relato sobre a história da fotografia, suas transformações ao longo do tempo e a importância de registrar o primeiro ano de vida de uma criança. O presente artigo está dividido em três tópicos: o primeiro tópico trata de uma introdução a respeito do tema; o segundo aborda as características da fotografia infantil; e, por fim, o terceiro tópico que discorre sobre a relação da fotografia com a memória e o afeto, principalmente no período ao qual a reflexão aqui proposta se debruça. O referencial teórico deste artigo está fundamentado em uma pesquisa bibliográfica sobre estudos de teóricos que associam diretamente a fotografia a criação de memórias afetivas, entre eles: Bosi (1994); Kossoy (1989), Leite (1998); Geddes (2020); Sontag (2004 e 2010); Le Goff (1990). Neste sentido é embasada e reafirmada a importância do acompanhamento fotográfico infantil, tanto para a criança quanto para os familiares, através de registros que imageticamente materializam momentos e a partir dos quais há impulsos para o exercício memorial.
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