O cinema abrindo alas para as aprendências no cotidiano escolar
DOI:
https://doi.org/10.5902/1983734865040Palavras-chave:
imagens cinematográficas, redes de conversações, movimentos inventivos curriculares.Resumo
Este artigo problematiza a força das imagens cinematográficas em diferentes experiências de pesquisas realizadas em Vitória – ES. O primeiro movimento trata de pesquisas junto às crianças e professoras de Educação Infantil que, no encontro com as imagens cinema, produzem imagens de pensamentos, abrindo o campo dos possíveis para a composição de diferentes imagens-escola por meio do devir-criança inventivo. Já o segundo movimento apresenta como as ações criadas no cineclube Valente, localizado em uma Escola Estadual de Ensino Médio, fazem movimentar o currículo e os processos de aprenderensinar. Como metodologia, usa as redes de conversações nas quais indivíduos e grupos colocam-se em relação na produção de conhecimentos, saberes e afetos movidos pelos agenciamentos de formas/forças comunitárias, objetivando a expansão da potência de ação coletiva. Por fim, conclui que os movimentos de pesquisa com imagens-cinema em redes de conversações constituem-se como espaços de criação coletiva, na composição de outros possíveis para as escolas.
Downloads
Referências
BERGSON, Henri. A Evolução Criadora. Rio de Janeiro: Zahar, 1979.
BERGSON, H. Matéria e memória: ensaio sobre a relação do corpo com o espírito. São Paulo: Martins Fontes, 2006.
CARVALHO, A. F.; LEITE, C. D. P. Inventividade nas imagens errantes: micropolítica estética e devir-infância. In: RODRIGUES, A. C.; BERLE, S.; KOHAN, W. O. Filosofia e educação em errância: inventar escola, infâncias do pensar. Rio de Janeiro: NEFI, 2018. p. 397-411.
CARVALHO, J. M. O currículo como comunidade de afetos/afecções. Revista Teias, v. 13, n 27, p. 75-87, jan./abr. 2011. Disponível em: https://www.e-publicacoes.uerj.br/index.php/revistateias/article/view/24253. Acesso em: 4 ago. 2019.
CARVALHO, J. M. Macro/Micropolítica, cotidiano escolar e constituição de um corpo coletivo em devir. Revista Educação Temática Digital. Campinas, SP, v.21, n.1, p. 47-62, jan./mar. 2019.
CARVALHO, J. M. Devir-docência potencializando a aprendizagem sem medo. XVI ENDIPE - Encontro Nacional de Didática e Práticas de Ensino. UNICAMP, Campinas, 2012.
CARVALHO, J. M. O cotidiano escolar como comunidade de afetos. Rio de Janeiro: DP&A; Brasília, DF: CNPq, 2009.
CARVALHO, J. M.; SILVA, S. K.; DELBONI, T. M. Z. G. F. Movimentos de invenções curriculares no cotidiano escolar: a potência da imagem-cinema fazendo a língua pegar delírio. Momento, v. 25, n. 1, p. 205-220, jan./jun. 2016. Disponível em: https://periodicos.furg.br/momento/article/view/6119/3934. Acesso em: 19 nov. 2019.
DELEUZE, G. Imagem-Tempo. 1985. Tradução de Eloisa de Araújo Ribeiro. Brasiliense. 1ª ed., 2007.
DELEUZE, G. Conversações. Tradução de Peter PálPelbart. São Paulo: Editora 34, 2010.
DELEUZE, G.; GUATTARI, F. O que é a filosofia? Rio de Janeiro: Editora 34, 2000.
DELEUZE, G.; GUATTARI, F. Mil platôs - capitalismo e esquizofrenia. Vol. 4. São Paulo: Ed. 54, 1997.
MACHADO, R. Deleuze, a arte e a filosofia. Rio de Janeiro: Zahar, 2009.
FERNANDES, N. M. G. Imagens cinematográficas no cineclube como máquina de guerra: movimentos de pensamentos e criações curriculares. Dissertação (Mestrado em Educação). UFES. Vitória, 2019.
ROLNIK, S. Esferas da insurreição: notas para uma vida não cafetinada. São Paulo: n-1 edições, 2018.
SILVA, S. K.; DELBONI, T. M. Z. G. F. As imagens-tempo como dispositivos para fazer a língua gaguejar na produção do currículoescola. In: CARVALHO, J. M. (org.). Cinema e formação de professores e currículos e... Curitiba: Editora CRV, 23-33 p. 2017.
ZOUAIN, A. C. S. Crianças cineastas e seus roteiros criarteiros: infâncias, currículos e docências inventivas. Dissertação (Mestrado em Educação). UFES. Vitória, 2019.
