Flores Raras: lesbianidades e as espacialidades de armários e heterotopias
DOI:
https://doi.org/10.5902/1983734844083Palavras-chave:
Cinema, sexualidades, espaços heterotópicos.Resumo
Neste artigo, temos como intencionalidade as discussões sobre as lesbianidades e o cinema, imbricando conceitos do imaginário das águas, armário e das heterotopias. Esta escrita tem como objetivo analisar o encontro entre o cinema e o campo das sexualidades a partir de três recortes de cenas do filme Flores Raras (2013), sob direção de Bruno Barreto. Entendemos nesse caso, o cinema como um inventor de uma pedagogia do olhar, de uma cultura visual e que faz emergir subjetividades e modos de existência a partir de seus modos de endereçamento. A análise das imagens (cenas) foi realizada a partir de sua visualização bem como do entrecruzamento com o referencial teórico. Por fim, a história de Flores Raras (2013) demonstrou-se envolvente e passível de problematizações e análises levando em consideração o amor entre mulheres, a água, as espacialidades e as geografias dos corpos presentes nas imagens.
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