Margens de leitura e escrita

Autores

  • Silas Borges Monteiro Universidade Federal de Mato Grosso

DOI:

https://doi.org/10.5902/1983734823518

Palavras-chave:

Ler-escrever, Escrileitura, Derrida, Desconstrução, Filosofia da diferença

Resumo

O gesto de ler-escrever é tomado aqui como objeto e problema. É analisado pelos conjuntos conceituais: 1) a arquiescritura deste duplo ler-escrever encontra no termo escrileitura sua melhor operação: aqui, apresentado e experimentado; 2) com a noção de margens, o gesto de ler-escrever é mostrado em sua estruturalidade - uma estrutura sem centro, sem origem, disponível à disseminação de sentidos -, suplementaridade - como o remetimento de um signo ao outro, como crítica à noção de complementação de sentido, contra a ideia de uma identidade textual - e iterabilidade - pois um texto é sempre o nascimento do novo, assim como sua leitura, fazendo com que a escrileitura seja esse gesto de criação, que se dá sempre pela segunda vez -; 3) os indecidíveis são entendidos como operadores que respondem às questões próprias do espaço, onde o ler-escrever se movimentam, argumentando que a lógica da suplementaridade atua aditivamente e não por exclusão.

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Biografia do Autor

Silas Borges Monteiro, Universidade Federal de Mato Grosso

É doutor em Educação pela Universidade de São Paulo. Atualmente é professor Associado da Universidade Federal de Mato Grosso atendendo aos Cursos de Psicologia, Pedagogia e Filosofia. É professor do Programa de Pós-Graduação em Educação do Instituto de Educação e do Programa de Pós-Graduação em Filosofia do Instituto de Ciências Humanas e Sociais, ambos da UFMT. É líder do grupo Estudos de Filosofia e Formação (EFF), da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT). Suas publicações tratam, principalmente, dos seguintes temas: filosofia da educação, filosofia da diferença, formação de professores. Atualmente, é Diretor do Instituto de Educação da Universidade Federal de Mato Grosso.

 

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Publicado

2016-08-17

Como Citar

Monteiro, S. B. (2016). Margens de leitura e escrita. Revista Digital Do LAV, 9(2), 145–166. https://doi.org/10.5902/1983734823518