Presenças, ausências e (in)visibilidades de um texto: a escrita (experimental) da cegueira de um corpo que vê
DOI:
https://doi.org/10.5902/1983734822256Palavras-chave:
Alteridade, Escrita, Fenomenologia, ArteResumo
Minha abordagem durante todo este texto acolhe a possibilidade de um corpo do outro que vejo, assim como suas palavras que ouço, serem dados a mim como imediatamente presentes em um campo. Desta forma, me presentifico à sua maneira aquilo a que nunca estarei presente, que me será sempre invisível, de que nunca serei testemunha direta, uma ausência, portanto. Será que isto predestina o outro a ser espelho de mim mesmo assim como eu sou o espelho dele? O outro – aquele que me lê (texto, escritura e autor) – me faz com que eu mesmo tenha, de alguém ou de mim, uma única imagem, na qual eu e o outro estejamos implicados: quem me lê e quem é lido?
Downloads
Referências
BOURRIAUD, Nicolas. Estética relacional. São Paulo: Martins Fontes, 2009.
CALVINO, Italo. As cidades invisíveis. São Paulo: Companhia das Letras, 1990.
DERRIDA, Jacques. A escritura e a diferença. São Paulo: Perspectiva, 2009.
HUSSERL, Edmund. Investigações lógicas. Sexta investigação (Elementos de uma elucidação fenomenológica do conhecimento). São Paulo: Nova Cultural, 1996.
MERLEAU-PONTY, Maurice. Conversas – 1948. São Paulo: Martins Fontes, 2004.
MERLEAU-PONTY, Maurice. Fenomenologia da percepção. São Paulo: Martins Fontes, 1994.
MERLEAU-PONTY, Maurice. O homem e a comunicação: A prosa do mundo. Rio de Janeiro: Edições Bloch, 1974.
MERLEAU-PONTY, Maurice. O olho e o espírito. São Paulo: Cosac & Naify, 2004.
MERLEAU-PONTY, Maurice. O visível e o invisível. São Paulo: Perpsectiva, 2007. PESSOA, Fernando. O eu profundo e os outros eus. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2006.
SOKOLOWSKI, Robert. Introdução à fenomenologia. São Paulo: Edicões Loyola, 2004.