Milícias digitais: fragmentos de pedagogias ciberfascistas

Autores

DOI:

https://doi.org/10.5902/1984644466116

Palavras-chave:

Pedagogias ciberculturais, Cartografia online, Pedagogias ciberfascistas.

Resumo

Nesta cartografia online objetivamos compreender de que forma as milícias digitais de extrema direita mobilizam determinadas pedagogias ciberculturais, as operacionalizam, lançam mão de diferentes instrumentos didáticos e definem alvos a serem alcançados. Partimos de estudos pós-estruturalistas para acompanhar linhas e fluxos de subjetivação que possibilitam produzir uma dada realidade (com seus territórios e práticas). As linhas de entrada de problematização são os vídeos com os depoimentos da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) das fake news e assédios virtuais em 2019; e as reportagens que vão ao encontro dos depoimentos à CPMI. Operamos com as linhas cartográficas utilizando as ferramentas conceituais foucaultianas de discurso e enunciado. Como resultado desta pesquisa, chegamos ao entendimento de que as milícias digitais mobilizam diferentes pedagogias ciberfascistas com vista a governar as condutas dos sujeitos por meio da produção, compartilhamento e viralização de práticas e de conteúdos odiosos, desumanizando o/a outro/a, transformando pessoas em alvos, coisa, objeto, algo inclusive a ser exterminado.

Biografia do Autor

Felipe Carvalho, Rio de Janeiro State University

Doutor e mestre pelo Programa de Pós-graduação em Educação (ProPEd/Uerj). Está membro do Grupo de Estudos em Gênero e Sexualidade (Geni). 

Fernando Pocahy, Rio de Janeiro State University

Professor Adjunto da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ)/ Faculdade de Educação/ Departamento de Estudos Aplicados ao Ensino. Na mesma IES é docente do quadro permanente do Programa de Pós-Graduação em Educação (ProPEd) e do Programa de Pós-Graduação em Psicologia Social (PPGPS); coordena o GENI - Estudos de Gênero e Sexualidade. Bolsista de Produtividade PQ2 CNPq, Bolsista do Programa Jovem Cientista do Nosso Estado (2015-2018;2019-2022) e do Programa de Incentivo à Produção Científica, Técnica e Artística - PROCIÊNCIA-UERJ-FAPERJ (2015-2918; 2019-2022). É Doutor em Educação e Mestre em Psicologia Social e Institucional, ambos pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), com bolsa CAPES, vinculado respectivamente aos grupos GEERGE - Grupo de Estudos em Educação e Relações de Gênero e ao Laboratório de Psicologia e Políticas Públicas - LPP. Fez estágio doutoral na Université Lumière Lyon 2 (Centre Louise Labé), França, com bolsa CAPES/PDSE. Possui Especialização em Projetos Sociais e Culturais pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), com bolsa da Fundação Maurício Sirotsky. É graduado em Psicologia pela Universidade do Vale do Rio dos Sinos (UNISINOS), onde atuou como bolsista de extensão e Analista de Relações com a Comunidade (vínculo celetista) junto à Pró-Reitoria Comunitária e de Extensão (PROCEX). Realizou Pós-Doutorado junto ao Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), com bolsa CAPES/Reuni, vinculado ao NIGS - Núcleo de Identidade de Gênero e Subjetividade e período como Pesquisador Visitante na Universidad Complutense de Madrid (fev-out 2020). 

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Publicado

2023-06-14

Como Citar

Carvalho, F., & Pocahy, F. (2023). Milícias digitais: fragmentos de pedagogias ciberfascistas. Educação, 48(1), e51/1–22. https://doi.org/10.5902/1984644466116