<b>A educação impossível</b>

Autores/as

  • Lílian do Valle Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ)

Palabras clave:

Autonomy, Creation, Impossible education, Crisis of the imaginary.

Resumen

Por que interessaria à educação um conceito tão ambíguo como o é o de imaginário, que muitas vezes mal se distingue de seu misterioso correlato – a imaginação? Na obra de Cornelius Castoriadis, o imaginário ganha a acepção de poder radical de criação da sociedade, realizada por um coletivo sempre anônimo; quanto à imaginação, o termo é reservado para o poder igualmente radical, que designa a atividade de auto constituição do sujeito. Eis, pois, a boa razão que a obra do filósofo nos oferece para adotar tais conceitos: a exigência de pensar a educação sob o signo da criação humana. Nisso consiste, afinal, a tarefa impossível da educação: contribuir para a ressurgência do projeto de autonomia individual e coletiva, isso é, para o renascimento da vontade de liberdade. Nesses tempos de perda de sentido, se, de fato, pretendemos ainda lutar pela transformação da sociedade, por instituições verdadeiramente democráticas, não podemos deixar de lado a luta por uma educação orientada para a autonomia.

Palavras-chave: Autonomia. Criação. Educação impossível. Crise do imagi-nário.

Cómo citar

Valle, L. do. (2009). <b>A educação impossível</b>. Educación, 34(3), 473–486. Recuperado a partir de https://periodicos.ufsm.br/reveducacao/article/view/1609

Número

Sección

Dossiê: Imaginário e Educação