Tecnopolítica e educação: roubo, vigilância e modulação

Autores

DOI:

https://doi.org/10.5902/1984644471632

Palavras-chave:

Tecnopolítica; Colonialismo de dados; Governamentalidade algorítmica.

Resumo

Este artigo tem como objetivo geral trazer algumas questões e conceitos, que não são especificamente do campo da educação, para problematizar a presente adesão das universidades públicas brasileiras às plataformas digitais pertencentes às grandes corporações norte americanas. O artigo percorre o caminho da análise e da crítica ao funcionamento dos mecanismos de roubo de dados, vigilância e manipulação das subjetividades dos usuários das tecnologias digitais de comunicação e informação em redes cibernéticas, explicitando-os e assim conduzindo às urgentes questões referentes à possibilidade de pensamento autônomo hoje. O pensamento é entendido não apenas como ações de análise e crítica, mas também, seguindo Deleuze, concebendo-o como criação. A conclusão é a da premente necessidade de que primeiramente se reconheça o problema de captura da vida, operada pelas grandes corporações de tecnologia digital do norte global. E em consequência disso, que se sinta a exigência de movimento de criação de formas de resistência à investida de destituição da soberania das universidades públicas brasileiras sobre a criação de conhecimento ali realizada, por meio do roubo e controle dos seus dados.

Biografia do Autor

Renata Pereira Lima Aspis, UFMG

Professora de Filosofia na Faculdade de Educação da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Possui graduação em Filosofia pela Faculdade Nossa Senhora de Medianeira (1983), mestrado em Educação (2004) e doutorado em Educação (2012), ambos pela Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Pós doutorado (2018) em Educação pela Universidade de São Paulo (USP).

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Publicado

2022-11-04

Como Citar

Aspis, R. P. L. . (2022). Tecnopolítica e educação: roubo, vigilância e modulação. Educação, 47(1), e97/1–25. https://doi.org/10.5902/1984644471632