Sala de aula invertida: Emancipação de mestres e aprendizes à luz das ideias de Freire e Ranciére

Autores

  • Luiz Maurício Bentim da Rocha Menezes Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Triângulo Mineiro (IFTM) http://orcid.org/0000-0003-4925-9876
  • Selma Maria de Oliveira IFTM

DOI:

https://doi.org/10.5902/1984644445284

Palavras-chave:

Sala de aula invertida, Paulo Freire, Ranciére

Resumo

Os autores Jacques Rancière e Paulo Freire em suas obras asseveravam sobre a importância da educação como uma prática de liberdade, sem hierarquização, que conduza os alunos para uma emancipação intelectual. Nossa reflexão é sobre a presença destes ideais na adoção da metodologia da Sala de Aula Invertida para respondermos de que forma o uso dessa estratégia contempla os preceitos destes pensadores, na perspectiva da emancipação, da igualdade das inteligências de alunos e professores. O objetivo geral do estudo é refletir criticamente sobre como a Sala de Aula Invertida contribui para a emancipação de alunos e professores à luz das ideias de Freire e Rancière, bem como identificar os pilares que dão sustentação à metodologia de inversão da aprendizagem e extrapolar a concepção tradicional do ofício de ser professor como um mero explicador. Infere-se que o objeto escolhido para estudo poderá abalizar a adoção desta nova metodologia, contribuindo para práticas pedagógicas que colaborem para a construção de uma educação emancipadora, igualitária, pautada em valores éticos e alicerces sólidos que permitam ao indivíduo não só estar no mundo, mas ser parte integrante dele, problematizando, reconhecendo-se e intervindo. A pesquisa tem uma abordagem qualitativa e procedimento bibliográfico, compondo uma tessitura de reflexões e considerações para confirmação ou não da hipótese inicial. Sua relevância centra-se na possibilidade de identificar na Sala de Aula Invertida, além de uma estratégia do uso da tecnologia a favor da aprendizagem, também um potencial para o exercício emancipatório de professores e alunos, na prática da igualdade das inteligências. Neste viés, será destacado o poder do diálogo, a relevância da dúvida e da curiosidade como pontes para o conhecimento, apontando que as convicções de Freire e Rancière são possíveis de concretização e estão presentes no desenvolvimento desta estratégia tão contemporânea. 

Biografia do Autor

Luiz Maurício Bentim da Rocha Menezes, Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Triângulo Mineiro (IFTM)

Doutor em Filosofia pela UFRJ. Professor de Ética, Filosofia da Tecnologia e Filosofia Política do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Triângulo Mineiro (IFTM).

Selma Maria de Oliveira, IFTM


Estudante mestranda do Programa Stricto Sensu / Mestrado Profissional em Educação Tecnológica do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Triângulo Mineiro – IFTM – Campus Uberaba. Graduada em Letras pelas Faculdades Integradas do Alto Paranaíba, Especialista no Processo do Ensino-Aprendizagem da Língua Portuguesapela Faculdade São Luís, Jaboticabal-SP e Especialista em Tecnologias da Informação e Comunicação no Ensino Fundamental pela UFJF-MG.

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Publicado

2022-02-24

Como Citar

Menezes, L. M. B. da R., & Oliveira, S. M. de. (2022). Sala de aula invertida: Emancipação de mestres e aprendizes à luz das ideias de Freire e Ranciére. Educação, 47(1), e12/ 1–24. https://doi.org/10.5902/1984644445284