Som, luzes, câmera, audiodescrição: modos de audiodescrever em sala de aula

Autores

DOI:

https://doi.org/10.5902/1984644443219

Palavras-chave:

Audiodescrição, Interpretação, Mediação

Resumo

Este ensaio foi elaborado com o intuito de contribuir à discussão a respeito da importância da interpretação audiodescritiva para a fruição de obra visual, seja ela um vídeo, um espetáculo de dança ou teatro. O trabalho é destinado a docentes que lidam com essas linguagens e dialogam com estudantes cegos ou com baixa visão, mas pode vir a ajudar na reflexão sobre a audiodescrição em outras áreas de atuação profissional. Para que haja efetividade no uso dessa ferramenta de mediação, como deve se dar a realização da audiodescrição, com a expressão de emoções do/a audiodescritor/a? Com uma leitura não pessoal da imagem? Para responder a essas perguntas, são realizadas reflexões a partir de uma experiência com a audiodescrição vivida pelo autor, dialogando com referenciais teóricos (BRAUN, 2008, COSTA, 2012, FRANCO, 2010, POZZOBON, 2010) e normas de realização da audiodescrição (Audio Description Coalition, American Council Of The Blind’s Audio Description Project, ABNT). Conclui-se que a audiodescrição, como modo de tradução, é realizada por sujeitos intérpretes imbuídos de experiências e características que podem ser os diferenciais de valorização de seu trabalho.

Biografia do Autor

Jéssica Mami Makino, Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo

Docente do Departamento de Educação, Informação e Comunicação da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ribeirão Preto - Universidade de São Paulo. Professora das disciplinas das áreas de Arte, Música, Expressão e Estágio Supervisionado do curso de Licenciatura em Pedagogia.

Referências

AMERICAN COUNCIL OF THE BLIND’S AUDIO DESCRIPTION PROJECT. Audio description guidelines and best practices. Joel Snyder (ed.). Versão 3.1, Setembro de 2010. Disponível em: https://www.acb.org/adp/ad.html#what . Acesso em: 22/12/2019

AUDIO DESCRIPTION COALITION. Standards for audio description and code of professional conduct for describers. Junho de 2009. 3ª edição. Disponível em: https://www.perkinselearning.org/sites/elearning.perkinsdev1.org/files/adc_standards.pdf . Acesso em: 22/12/2019

BRAUN. Sabine. Audiodescription research: state of art and beyond. Translation studies in the new millennium. Vol. 6, 2008. p.14-30.

COSTA, Larissa Magalhães. Normas técnicas da audiodescrição nos Estados Unidos e na Europa e seus desdobramentos no Brasil: interpretação em foco [online], 2012. Disponível em: https://audiodescriptionworldwide.com/associados-da-inclusao/rbtv/normas-tecnicas-da-audiodescricao-nos-estados-unidos-e-na-europa-e-seus-desdobramentos-no-brasil-interpretacao-em-foco/. Acesso em: 15/11/2019

EDUARDO, Pedro. Audiodescrição: a dificuldade e a importância de um novo registro e compreensão de imagem. Camaleótica, 10 de outubro de 2016. Disponível em: https://medium.com/camaleotica/audiodescri%C3%A7%C3%A3o-a-dificuldade-e-a-import%C3%A2ncia-de-um-novo-registro-e-compreens%C3%A3o-de-imagem-950a29151414. Acesso em 15/11/2019

EVANGELISTA, Amanda Falcão, ALMEIDA, Thiago D’Angelo Ribeiro. Assim fala a notícia: sotaques e regionalismos no telejornalismo paraibano. XVI Congresso de Ciências da Comunicaçãona Região Nordeste–João Pessoa -PB–15a 17/05/2014. Disponível em: http://www.portalintercom.org.br/anais/nordeste2014/resumos/R42-1424-2.pdf Acesso em: 25/03/2020

FRANCO, Eliana Paes Cardoso, SILVA, Manoela Cristina Correia Carvalho da. Audiodescrição: breve passeio histórico. In: Audiodescrição: transformando imagens em palavras. Lívia Maria Villela de Mello Motta e Paulo Romeu Filho (Orgs.). São Paulo: Secretaria dos Direitos da Pessoa com Deficiência do Estado de São Paulo, 2010.

MAGALDI, Sábato. Iniciação ao teatro. São Paulo: Ática, 1985.

MOTTA, Lívia. Audiodescrição: recurso de acessibilidade de inclusão cultural. In: Bengala legal. Disponível em: http://www.bengalalegal.com/livia. Acesso em: 12/12/2019.

POZZOBON, Lara. Blind tube: conceito, audiodescrição e perspectivas. In: Audiodescrição: transformando imagens em palavras. Lívia Maria Villela de Mello Motta e Paulo Romeu Filho (Orgs.). São Paulo: Secretaria dos Direitos da Pessoa com Deficiência do Estado de São Paulo, 2010.

SNYDER, Joel. Audio description: the visual made verbal. In: International congress series. Elsevier, setembro de 2005. Disponível em: https://doi.org/10.1016/j.ics.2005.05.215 Acesso em: 28/01/2020

VERCAUTEREN, Gert, ORERO, Pilar. Describing Facial Expressions: Much more than meets the eye. In: Quaderns de Traducció. 20. 187-199. 2013.Disponível em: https://www.researchgate.net/publication/243971995_Describing_Facial_Expressions_Much_more_than_meets_the_eye Acesso em: 09/01/2020

Downloads

Publicado

2021-09-30

Como Citar

Makino, J. M. (2021). Som, luzes, câmera, audiodescrição: modos de audiodescrever em sala de aula. Educação, 46(1), e93/ 1–17. https://doi.org/10.5902/1984644443219