<b>Não basta ser mulher... não basta gostar de crianças... “Cuidado/educação” como princípio indissociável na Educação Infantil</b>

Autores

  • Déborah Thomé Sayão Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)

DOI:

https://doi.org/10.5902/198464441604

Palavras-chave:

Childhood Education, Care-education, Gender relations, Teachers’work, Social and Cultural Practice.

Resumo

Resumo O presente artigo é parte da tese de doutorado em cujo foco estava o trabalho docente de professores na Educação Infantil. Na tese, era objetivo compreender como os homens se constituem como docentes na educação das crianças de zero a seis anos – profissão caracterizada como “tipicamente feminina”. Assinalando a opção por uma perspectiva socioantropológica e a partir dessa perspectiva, é explicada e conceituada a categoria central do estudo – relações de gênero, entendendo as mesmas como uma construção social pelas quais é possível compreender como hierarquia, diferença e poder se moldam, conformam, instalam e atuam nas identidades e nos espaços institucionais. O texto aqui apresentado destaca o conceito de cuidado/educação considerado como princípio indissociável na Educação Infantil, partindo do pressuposto de que o corpo está no cerne do debate acerca dos cuidados na infância menor. A partir dos dados empíricos encontrados, tornou-se necessário problematizar o debate empreendido na área da Educação Infantil acerca das concepções e das práticas que o binômio cuidado/educação das crianças pequenas vem assumindo, tomando o trabalho realizado por professores homens no interior das creches e centros de Educação Infantil no município de Florianópolis/Santa Catarina. A preocupação central aqui destacada denota como o cuidado era concebido quando professores atuavam em creches, pensando nos significados da educação das crianças pequenas, e deslindando conceitos e discursos sobre o “cuidado”. Para compreendê-lo, foi necessário investigar em que medida “cuidado”, como prática sociocultural e, no caso desse estudo, desenvolvida por homens e mulheres em creches, possibilitava avançar em relação às ambigüidades presentes nas expressões cuidado-e-educação, cuidado-educação ou cuidado/educação, grafias que vêm sendo usadas por diversos autores e autoras com significados semelhantes.

Palavras-chave: Educação Infantil. Cuidado-educação. Relações de gênero. Trabalho docente. Prática sociocultural.

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Como Citar

Sayão, D. T. (2010). <b>Não basta ser mulher. não basta gostar de crianças. “Cuidado/educação” como princípio indissociável na Educação Infantil</b>. Educação, 1(1), 69–84. https://doi.org/10.5902/198464441604

Edição

Seção

Dossiê: Infância e Educação Infantil