Acolhimento na Estratégia Saúde da Família: perspectivas das pessoas com deficiência no contexto rural
DOI:
https://doi.org/10.5902/2179769244155Palavras-chave:
Pessoas com deficiência, Zona rural, Estratégia saúde da família, Acolhimento, EnfermagemResumo
Objetivo: analisar as percepções das pessoas com deficiência física que residem no contexto rural acerca do acolhimento prestado pelas equipes da Estratégia Saúde da Família. Método: estudo qualitativo, desenvolvido em seis municípios do Rio Grande do Sul, Brasil, cujos participantes foram treze pessoas com deficiência física. A produção das informações ocorreu de janeiro a maio de 2019 por entrevistas semiestruturadas, analisadas pela modalidade temática. Resultados: o acolhimento foi relacionado ao carinho, afeto, relação de confiança, diálogo e proximidade com os profissionais, bem como à resolutividade das demandas ou encaminhamento para outros serviços. Contudo, elencaram dificuldades quanto à disponibilidade de medicações, exames, atendimento médico e agendamento do atendimento. Conclusão: apesar do esforço dos profissionais das equipes em acolher as pessoas com deficiência física residentes no contexto rural e atender suas demandas, revela-se a centralização do cuidado nas questões biológicas e as limitações de acessibilidade e acesso aos serviços de saúde.
Downloads
Referências
Sisti DA. Naturalism and the social model of disability: allied or antithetical? J Med Ethics. 2015;41:553-6. doi: 10.1136/medethics-2014-102127
Bampi LNS, Guilhem D, Alves ED. Social model: a new approach of the disability theme. Rev Latinoam Enferm. 2010;18(4):816-23. doi: 10.1590/S0104-11692010000400022
Ministério da Saúde (BR), Secretaria de Atenção à Saúde. Política nacional de saúde da pessoa portadora de deficiência [Internet]. Brasília (DF): Ministério da Saúde; 2008 [acesso em 2019 fev 20]. Disponível em: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/politica_nacional_saude_pessoa_deficiencia.pdf
Holanda CMA, Andrade FLJP, Bezerra MA, Nascimento JPS, Neves RF, Alves SB, et al. Support networks and people with physical disabilities: social inclusion and access to health services. Ciênc Saúde Colet. 2015;20(1):175-84. doi: 10.1590/1413-81232014201.19012013
Bortolotto CC, Mola CL, Tovo-Rodrigues L. Quality of life in adults from a rural area in Southern Brazil: a population-based study. Rev Saúde Pública. 2018;52(1):1-11. doi: 10.11606/s1518-8787.2018052000261
Talukdar JR, Mahmud I, Rashid SF. Primary health care seeking behaviour of people with physical disabilities in Bangladesh: a cross-sectional study. Arch Public Health. 2018;76(43). doi: 10.1186/s13690-018-0293-1
Alves EAB, Silva MT. Processo de trabalho em saúde: estudo da relação entre recursos imateriais e resolutividade. Rev Espacios [Internet]. 2015 [acesso em 2020 fev 16];36(16):1-12. Disponível em: https://www.revistaespacios.com/a15v36n16/15361612.html
Ministério da Saúde (BR), Secretaria de Atenção à Saúde, Núcleo Técnico da Política Nacional de Humanização. HumanizaSUS: documento base para gestores e trabalhadores do SUS [Internet]. Brasília (DF): Ministério da Saúde; 2006 [acesso em 2019 jul 08]. Disponível em: https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/documento_base.pdf
Lopes AS, Vilar RLA, Melo RHV, França RCS. O acolhimento na Atenção Básica em saúde: relações de reciprocidade entre trabalhadores e usuários. Saúde Debate. 2015;39(104):114-23. doi: 10.1590/0103-110420151040563
Silva TF, Romano VF. Sobre o acolhimento: discurso e prática em Unidades Básicas de Saúde do município do Rio de Janeiro. Saúde Debate. 2015;39(105):363-74. doi: 10.1590/0103-110420151050002005
Minayo MCS. O desafio do conhecimento: pesquisa qualitativa em saúde. 14ª ed. São Paulo: Hucitec; 2014.
Ministério da Saúde (BR), Secretaria de Atenção à Saúde, Núcleo Técnico da Política Nacional de Humanização. Acolhimento nas práticas de produção de saúde [Internet]. Brasília (DF): Ministério da Saúde; 2010 [acesso em 2020 fev 24]. Disponível em: https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/acolhimento_praticas_producao_saude.pdf
Coutinho LRP, Barbieri AR, Santos MLM. Acolhimento na Atenção Primária à Saúde: revisão integrativa. Saúde Debate. 2015;39(105):514-24. doi: 10.1590/0103-110420151050002018
BRASIL. Ministério da Saúde. Portaria nº 2.436, de 21 de setembro de 2017. Aprova a Política Nacional de Atenção Básica, estabelecendo a revisão de diretrizes para a organização da Atenção Básica, no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS). Brasília, DF, Ministério da Saúde, 2017. Disponível em: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2017/prt2436_22_09_2017.html. Acesso em: 8 jul. 2019.
Santos RCA, Miranda FAN. Importância do vínculo entre profissional-usuário na estratégia de saúde da Família. Rev Enferm UFSM. 2016;6(3):350-9. doi: 10.5902/2179769217313
Barreto ICHC, Pessoa VM, Sousa MFA, Nuto SAS, Freitas RWJF, Ribeiro KG, et al. Complexidade e potencialidade do trabalho dos Agentes Comunitários de Saúde no Brasil contemporâneo. Saúde Debate. 2018;42(N Esp 1):114-29. doi: 10.1590/0103-11042018s108
Pinto AGA, Palácio MAV, Lôbo AC, Jorge MSB. Vínculos subjetivos do agente comunitário de saúde no território da Estratégia Saúde da Família. Trab Educ Saúde. 2017;15(3):789-802. doi: 10.1590/1981-7746-sol00071
Assunção GS, Queiroz E. Abordagem do tema “relação profissional de saúde-paciente” nos cursos de saúde da universidade de Brasília. Psicol Ensino Form [Internet]. 2015 [acesso em 2020 fev 24];6(2):18-36. Disponível em: http://pepsic.bvsalud.org/pdf/pef/v6n2/v6n2a03.pdf
Moscoso-Porras M, Fuhs AK, Carbone A. Access barriers to medical facilities for people with physical disabilities: the case of Peru. Cad Saúde Pública. 2019;35(12):e00050417. doi: 10.1590/0102-311X00050417
Pessoa VM, Almeida MM, Carneiro FF. Como garantir o direito à saúde para as populações do campo, da floresta e das águas no Brasil? Saúde Debate. 2018;42(N Esp 1):302-14. doi: 10.1590/0103-11042018s120
Garnelo L, Lima JG, Rocha ESC, Herkrath FJ. Acesso e cobertura da Atenção Primária à Saúde para populações rurais e urbanas na região norte do Brasil. Saúde Debate. 2018;42(N Esp 1):81-99. doi: 10.1590/0103-11042018S106
Starfield B. Atenção primária: equilíbrio entre necessidades de saúde, serviços e tecnologia. Brasília (DF): Unesco, Ministério da Saúde; 2002.
Gomide MFS, Pinto IC, Bulgarelli AF, Santos ALP, Gallardo MPS. User satisfaction with primary health care: an analysis of access and care. Interface Comun Saúde Educ. 2018;22(65):387-98. doi: 10.1590/1807-57622016.0633
Marques JF, Áfio ACE, Carvalho LV, Leite SS, Almeida PC, Pagliuca LMF. Physical accessibility in primary healthcare: a step towards the embracement. Rev Gaúch Enferm.2018;39:e2017-0009. doi: https://doi.org/10.1590/1983-1447.2018.2017-0009
Martins KP, Costa TF, Medeiros TM, Fernandes MGM, França ISX, Costa KNFM. Internal structure of Family Health Units: access for people with disabilities. Ciênc Saúde Colet. 2016;21(10):3153-60. doi: 10.1590/1413-812320152110.20052016
Nischith KR, Bhargava M, Akshaya KM. Physical accessibility audit of primary health centers for people with disabilities: an on-site assessment from Dakshina Kannada district in Southern India. J Family Med Prim Care. 2018;7(6):1300-03. doi: 10.4103/jfmpc.jfmpc_177_18
Dassah E, Aldersey HM, McColl MA, Davison C. Healthcare providers’ perspectives of providing primary healthcare services to persons with physical disabilities in rural Ghana. Prim Health Care Res Dev. 2019;20(e108):1-8. doi: 10.1017/S1463423619000495
Amorim EG, Liberali R, Medeiros Neta OM. Avanços e desafios na atenção à saúde de pessoas com deficiência na Atenção Primária no Brasil: uma revisão integrativa. Holos (Natal Online). 2018;34(1):224-36. doi: 10.15628/holos.2018.5775
Fiorati RC, Elui VMC. Social determinants of health, inequality and social inclusion among people with disabilities. Rev Latinoam Enferm. 2015;23(2):329-36. doi: 10.1590/0104-1169.0187.2559
Campos MF, Souza LAP, Mendes VLF. A rede de cuidados do Sistema Único de Saúde à saúde das pessoas com deficiência. Interface Comun Saúde Educ. 2015;19(52):207-10. doi: 10.1590/1807-57622014.0078
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Este trabalho está licenciado sob uma Creative Commons Attribution-NonCommercial-ShareAlike 4.0 International License.