Vazões máximas: breve descrição de conceitos e métodos de regionalização
DOI:
https://doi.org/10.5902/2236117039846Palavras-chave:
Estimativa de vazões, Série histórica de dados, Simulação, Bacias hidrográficasResumo
Um dos principais problemas encontrados na elaboração de estudos hidrológicos é a escassez de dados medidos. No Brasil, por abrigar um enorme patrimônio hídrico, e devido à extensão territorial, os custos de implementação e manutenção das estações hidrométricas se tornam um desafio, comprometendo o monitoramento hidrológico e a obtenção de dados. Portanto, desenvolver métodos que contribuam para a estimativa e transferência dessas informações é essencial para uma melhor gestão integrada dos recursos hídricos, destacando a importância de dados de vazões máximas em questões como mitigação de efeitos de enchentes. Visando equacionar essa problemática, os modelos de regionalização de vazões surgem como ferramentas capazes de estimar dados hidrológicos em regiões não monitoradas, isto é, permite a transferência de informações entre bacias homogêneas a partir de séries de dados de vazões medidas ou simuladas. Em vista disso, o presente artigo teve como objetivo descrever metodologias difundidas sobre regionalização hidrológica, principalmente no que se refere a vazões máximas, por meio de uma breve revisão da literatura. Em suma, observa-se que os diversos métodos são aplicados e testados a fim de se obter resultados de regionalização associados a menores incertezas, não existindo um método padronizado, uma vez consideradas as especificidades hidrológicas de diferentes localidades.
Downloads
Referências
AGÊNCIA NACIONAL DE ÁGUAS. Quantidade de água. Available on: <http://www3.ana.gov.br/portal/ANA/panorama-das-aguas/quantidade-da-agua>. Accessed on dez 2018.
AGÊNCIA NACIONAL DE ÁGUAS. Sistema de informações hidrológicas. Available on: <http://www2.ana.gov.br/Paginas/servicos/informacoeshidrologicas/redehidro.aspx>. Accessed on maio 2019.
ARAÚJO CBA. Caracterização física e regionalização da vazão máxima na bacia do Rio do Carmo, alto Rio Doce [dissertation]. Ouro Preto: Universidade Federal de Ouro Preto/UFOP; 2008.
BARBOSA SES, BARBOSA JÚNIOR AR, SILVA GQ, CAMPOS ENB, RODRIGUES VC. Geração de modelos de regionalização de vazão máxima, média (longo período) e mínima de 7 dias para bacia do Rio do Carmo, MG. Revista de Engenharia Sanitária Ambiental. 2005;10(1):64-71.
BAZZO KR, GUEDES HAS, CASTRO AS, SIQUEIRA TM, TEIXEIRA-GANDRA, CFA. Regionalização da vazão Q95: comparação de métodos para a bacia hidrográfica do Rio Taquari-Antas, RS. Ambiente & Água. 2017;12(5):855-870.
BRASIL. Lei Federal Nº 9.433 de 8 de janeiro de 1997 - Política Nacional de Recursos Hídricos. Brasília (Brasil): 1997.
BREWER SK, WORTHINGTON TA, MOLLENHAUER R, STEWART
DR, MCMANAMAY RA, GUERTAULT L et al. Synthesizing models useful for ecohydrology and ecohydraulic approaches: An emphasis on integrating models to address complex research questions. Ecohydrology. 2018;11(7).
BRUSA L. Aprimoramento estatístico da regionalização de vazões máximas e médias: aplicação a bacias hidrográficas do Rio Grande do Sul e Santa Catarina [thesis]. Porto Alegre: Universidade Federal do Rio Grande do Sul/UFRGS; 2004. 188 p.
CANHOLI A. Drenagem urbana e controle de enchentes. 2ª ed. São Paulo: Oficina de textos. 2014.
CHAVES HML, ROSA JWC, VADAS RG, OLIVEIRA RV. Regionalização de Vazões Mínimas em Bacias Através de Interpolação em Sistemas de Informação Geográfica. RBRH - Revista Brasileira de Recursos Hídricos. 2002;7(3):43-51.
EUCLYDES HP et al. Regionalização Hidrológica na Bacia do Alto São Francisco a Montante da Barragem de Três Marias, Minas Gerais. RBRH - Revista Brasileira de Recursos Hídricos. 2001;6(2):81-105.
FERREIRA TS, BARBASSA AP, MORUZZI RB. Controle de enchentes no lote por poço de infiltração de água pluvial sob nova concepção. Engenharia Sanitária e Ambiental. 2018;23(3).
IBIAPINA AV et al. Evolução da hidrometria no Brasil. In: Freitas MAV. (Org). O estado das águas no Brasil. Brasília, DF: ANEEL, SIH; MMA, SRH; MME, 1999.
LANGAT PK, KUMAR L, KOECH R. Identification of the Most Suitable Probability Distribution Models for Maximum, Minimum, and Mean Streamflow. Water. 2019;11(4):734.
DE LAVENNE A, SKØIEN JO, CUDENNEC C, CURIE F, MOATAR F. Transferring measured discharge time series: Large‐scale comparison of Top‐kriging to geomorphology‐based inverse modeling. Water Resources Research. 2016;52(7):5555-5576.
LIMA GD, MARCELLINI SS, NEILL CR, SALLA MR. Preliminary estimate of floods discharge in Brazil using Creager envelope curves. RBRH - Revista Brasileira de Recursos Hídricos. 2017;22.
MARCIANO AG, BARBOSA AA, SILVA APM. Estudo de cenários na simulação de eventos de cheia no rio Piranguçu e sua influência no distrito industrial de Itajubá – MG. Revista Brasileira de Energias Renováveis. 2018;7(1),01-5.
MARINHO FILHO GM, ANDRADE RS, ZUKOWSKI JC, MAGALHÃES LL. Modelos hidrológicos: conceitos e aplicabilidades. Revista de Ciências Ambientais. 2013;6(2):35-47.
NOVAES LD, PRUSKI FF, QUEIROZ DD, RODRIGUEZ RDG, SILVA DD, RAMOS MM. Avaliação do Desempenho de Cinco Metodologias de Regionalização de Vazões. RBRH — Revista Brasileira de Recursos Hídricos. 2007;12(2):51-61.
NATURAL ENVIRONMENT RESEARCH COUNCIL. A review of the Flood Studies Report rainfall-runoff model parameter estimation equations. By D. B. Boorman. Institute of Hydrology. 1985.
PARAJKA J, MERZ R, BLÖSCHL G. A comparison of regionalisation methods for catchment model parameters. Hydrology and earth system sciences discussions. 2005;9(3):157-171.
PIOL MVA, REIS JATD, CAIADO MAC, MENDONÇA ASF. Performance evaluation of flow duration curves regionalization methods. RBRH — Revista Brasileira de Recursos Hídricos. 2019;24.
PROJETO HIDROTEC. Geração e transferência de tecnologia em recursos hídricos para o Estado de Minas Gerais. Available on: < http://www.hidrotec.ufv.br/o_hidrotec/o_hidrotec.html >. Accessed on maio 2019.
SARAIVA I, FERNANDES W, NAGHETTINI M. Simulação Hidrológica Mensal em Bacias Hidrográficas sem Monitoramento Fluviométrico. RBRH — Revista Brasileira de Recursos Hídricos. 2011;16(1):115-125.
SILVA EA, TUCCI CEM. Relação entre as vazões máximas diária e instantânea. RBRH - Revista Brasileira de Recursos Hídricos. 1998;3(1):133-151.
DA SILVA JÚNIOR OB, BUENO EDO, TUCCI CE, CASTRO NM. Extrapolação Espacial na Regionalização da Vazão. RBRH - Revista Brasileira de Recursos Hídricos. 2003;8(1):21–37.
TUCCI CEM. Hidrologia: Ciência e aplicação. Porto Alegre: Ed. ABRH/UFRGS, 2009.
TUCCI CEM. Modelos hidrológicos. 2. ed. Porto Alegre: Ed. UFRGS, 2005.
TUCCI CEM. Regionalização de vazões. Porto Alegre: Ed. ABRH/ UFRGS, 2002.
WOLFF W, Duarte SN, Mingoti R. Nova metodologia de regionalização de vazões, estudo de caso para o Estado de São Paulo. RBRH – Revista Brasileira de Recursos Hídricos. 2014;19(4):21-33.