Feedback da avaliação: perspectiva inclusiva da criança em contextos da educação infantil e transtorno do espectro autista

Autores

DOI:

https://doi.org/10.5902/2318133874143

Palavras-chave:

avaliação infantil, feedback, protagonismo infantil, educação inclusiva

Resumo

Neste estudo qualitativo do tipo exploratório, com dados coletados via questionário, respondido por 19 graduandos de Pedagogia da Universidade de Brasília, em formação ofertada pelos autores, envolvendo didática da Matemática e avaliação formativa, objetivamos analisar a percepção desses graduandos quanto a iniciar uma cultura de feedback da avaliação matemática numa perspectiva inclusiva da criança em contextos da educação infantil e Transtorno do Espectro Autista - TEA. Os resultados apontaram: percepções de feedbacks nesses contextos e necessidade de torná-los formativos e inclusivos, legitimando a importância de oportunizar o protagonismo infantil; percepção de contribuições do feedback para autorregulação das aprendizagens e reorganização do trabalho pedagógico. Apesar de apenas dois respondentes revelarem familiaridade com o tema, 14 participantes afirmaram terem ouvido falar sobre a temática superficialmente, três participantes informaram que sequer ouviram falar de feedback e não têm percepção de sua existência. Conclui-se que investimentos na formação inicial e continuada contribuirão para reflexões de estratégias inclusivas de acolhida da diversidade de feedback da criança e seu uso intencional pelo docente em prol de uma avaliação para as aprendizagens em Matemática desde a educação infantil.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Geraldo Eustáquio Moreira, Universidade de Brasília

Doutor em Educação Matemática – PUCSP (2012), pós-doutoramento em Educação pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (2020). É mestre em Educação – UCB (2005); pós-draduado em de Ensino da Matemática – UNICLAR (2000); licenciado em Ciências Naturais – UEG (1996), Matemática – Unoeste/SP (1999) e Pedagogia – Instituto Superior Fátima/DF (2013). Líder do grupo de pesquisa Dzeta Investigações em Educação Matemática – Diem. Professor adjunto na Universidade de Brasília.

Referências

APA. American Psychiatric Association. DSM-5: manual diagnóstico e estatístico de transtornos mentais. Porto Alegre: Artmed, 2014.

BARCELOS, Marciel; VIEIRA, Aline Oliveira; SANTOS, Wagner dos. Práticas avaliativas para a aprendizagem de professores numa unidade municipal de educação infantil. Regae: Revista de Gestão e Avaliação Educacional,Santa Maria, v. 11, n. 20, 2022, p. 1-18.

BARDIN, Laurence. Análise de conteúdo. Lisboa: Edições 70, 2009.

BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília: Centro Gráfico, 1988.

BRASIL. Base Nacional Comum Curricular (BNCC). Brasília: MEC/Consed/Undime, 2018.

BRASIL. Lei de Diretrizes e Bases da Educação. Brasília: Centro Gráfico, 1996.

BRASIL. Resolução CEB/CNE n. 05/09, de 18 de dezembro de 2009: fixa as diretrizes curriculares nacionais para a educação infantil. Brasília: DOU, 2009.

BROOKHART, Susan M. How to give effective feedback to your students. Alexandria: Association for Supervisionand Curriculum Development, 2008.

CRESWELL, John. W. Projeto de pesquisa: métodos qualitativo, quantitativo e misto. Porto Alegre: Artmed, 2010.

CRUZ, Francerly Cardoso da; MOREIRA, Geraldo Eustáquio. Revisão sistemática sobre feedback da avaliação de Matemática para estudantes com transtorno do espectro autista. Revista Ensino & Pesquisa, Curitiba, v. 20, n. 2, 2022, p. 112-127.

DISTRITO FEDERAL. Currículo em movimento da educação infantil. Brasília: Secretaria de Estado de Educação do Distrito Federal, 2018.

DISTRITO FEDERAL. Diretrizes de avaliação educacional: aprendizagem, institucional e em larga escala. Brasília: Seedf, 2014.

FERNANDES, Domingos. Avaliar para aprender: fundamentos, práticas e políticas. São Paulo: Unesp, 2009.

GIROUX, Henry A. Escola crítica e política cultural. São Paulo: Autores Associados, 1988.

KUHLMANN, Moysés Junior. Infância e educação infantil: uma abordagem histórica. Porto Alegre: Mediação, 2007.

LEYVA-NÁPOLES, Ricardo; ORRÚ, Silvia Ester. Experiências de comunicação alternativa: alunos com autismo. J Res Spec Educ Needs, [S.l.]: n. 16, 2016, p. 502-505.

LORENZATO, Sérgio. Educação infantil e percepção matemática. Campinas: Autores Associados, 2011.

LUCKESI, Cipriano Carlos. Avaliação da aprendizagem na escola: reelaborando conceitos e recriando a prática. Salvador: Malabares Comunicações e Eventos, 2003.

MOREIRA, Geraldo Eustáquio. O Dzeta investigações em educação matemática numa perspectiva de resistência e persistência. In: MOREIRA, Geraldo Eustáquio (org.). Práticas de ensino de Matemática em cursos de licenciatura em Pedagogia: oficinas como instrumento de aprendizagem. São Paulo: Livraria da Física, 2020, p. 13-17.

MOREIRA, Geraldo Eustáquio et al. Formação inicial e continuada de professores que ensinam matemática: socializando experiências exitosas do Diem. Revista Prática Docente, Confresa, v. 6, n. 1, 2021, p.1-15.

ORRÚ, Silvia Ester. A formação de professores e a Educação de autistas. Revista Ibero-Americana de Educación, Madrid, v. 31, 2003, p. 1-15.

NOGUEIRA, Julia Candido Dias; ORRÚ, Silvia Ester. Eixos de interesse como possibilidades de aprendizagem para estudantes com Transtorno do Espectro Autista. Acta Scientiarum. Human and Social Sciences, Maringá, v. 41, n. 3, 2019, p. 1-12.

SADLER, Royce. Formative assessment and the design of instructional systems. Instructional Science [S.l.] n. 18, 1989, p. 119-144.

SMOLE, Kátia Stocco. Matemática na educação infantil. Pátio Educação Infantil, Porto Alegre, n. 38, 2014, p. 41-43.

VRASIDAS, Charalambos; MCISSAC, Marina Stock. Factors influencing interaction in an online course. American Journal of Distance Education, [S.l.] v. 8, n. 2 1999, p. 6-29.

VIGOTSKI, Lev Semionovitch. A formação social da mente: o desenvolvimento dos processos psicológicos superiores. São Paulo: Martins Fontes, 2007.

VIGOTSKI, Lev Semionovitch. A defectologia e o estudo do desenvolvimento e da educação da criança anormal. Educação e Pesquisa, São Paulo, v. 37, n. 4, 2011, p. 861-870.

VILLAS BOAS, Benigna Maria de Freitas. Avaliação formativa e formação dos professores: ainda um desafio. Revista Linhas Críticas, Brasília, v. 12, n. 22, 2006, p. 75-90.

ZIMMERMAN, Barry. From cognitive modeling to self-regulation: a social cognitive career path. Educational Psychologist, New York, v. 48, n. 3, 2013, p. 135-147.

Downloads

Publicado

26-03-2023

Como Citar

Cruz, F. C. da, & Moreira, G. E. (2023). Feedback da avaliação: perspectiva inclusiva da criança em contextos da educação infantil e transtorno do espectro autista. Revista De Gestão E Avaliação Educacional, e74143, p. 1–25. https://doi.org/10.5902/2318133874143