Contributions of the care of the self (Michel Foucault) to the teaching of philosophy oriented by philosophical problems
DOI:
https://doi.org/10.5902/2448065768134Keywords:
Michel Foucault, Care of the Self, Teaching of Philosophy, Philosophical ProblemsAbstract
In this article, we initially address a panorama of the contemporary society, which presents itself as programmed for consumption and marked by the demands of a capitalist and neoliberal market. We aim to demonstrate how such characteristics influence and determine the construction of individuals' subjectivity. In this context, we analyze the consequences of these social configurations in the educational field, especially in the teaching of Philosophy. Furthermore, we seek to emphasize the way in which power relations are developed, essentially based on the oppressive character. As a proposal for the development of teaching practices in this scenario, so as not to reproduce the current model, whose objective is the construction of an efficient subject in terms of production, the indication is for a teaching of Philosophy by means of philosophical problems. This model, according to the philosopher Sílvio Gallo's conception, is one of the most adequate ways to provide students with the experience of critical thinking, thus escaping from a mechanistic teaching, which reproduces a system of control and normalization. Finally, we present the ethics of the Care of the Self, or the aesthetics of existence, based on the studies of Michel Foucault. In the light of this conception, we seek to analyze its possible contributions to the teaching of Philosophy, understood as a form of resistance to the practices created by modern States with the objective of domesticating, subjugating and controlling individuals. We understand that the teaching of Philosophy becomes a liberating praxis, one that awakens the subjects’ critical, creative and reflective thinking, so as to become a form of resistance facing the logic of control and alienation of subjectivities.
Downloads
References
ARENDT, Hannah. Eichmann em Jerusalém: um relato sobre a banalidade do mal. São Paulo: Companhia das letras,1999.
BAUMAN, Zigmunt. Modernidade e Holocausto. Rio de Janeiro: Zahar, 1998.
BAUMAN, Zygmunt. Vida para consumo: a transformação das pessoas em mercadorias. Rio de Janeiro: ZAHAR, 2008.
BAUMAN ,Zygmunt. A ética é possível num mundo de consumidores? Rio de Janeiro: Zahar, 2011.
CARVALHO, Marcelo; SANTOS, Marli.O Ensino de Filosofia no Brasil: três gerações. In: Filosofia: ensino médio. Brasília, DF: Ministério da Educação, Secretaria de Educação Básica, 2010. 212 p. (Explorando o Ensino, v. 14).
COLEM, Indi Nara Corrêa Fernandes. Introdução à banalidade do mal em Hannah Arendt: reflexões filosóficas em tempos sombrios. 2018. 64f. Trabalho de conclusão de curso (Departamento de Filosofia) – Instituto de Humanas. Universidade de Brasília - UnB, Brasília, 2018. Disponível em: https://bdm.unb.br/handle/10483/22607. Acesso em: 19 jun. 2021.
DALBOSCO, Cláudio Almir. Pragmatismo, teoria crítica e educação: ação pedagógica como mediação de significados. Campinas, SP: Autores Associados, 2010.
DELEUZE, Gilles; GUATTARI, Félix. O que é a Filosofia? Coleção TRANS. Editora 34, 2014.
FOUCAULT, Michel. Historia da sexualidade 2: o uso dos prazeres. Rio de Janeiro: Edições Graal, 1984.
FOUCAULT, Michel. Vigiar e Punir. Petrópolis, RJ: Vozes, 1987.
FOUCAULT, Michel. A hermenêutica do sujeito. Curso dado no Collège de France (1981-1982). São Paulo: Martins Fontes, 2006.
FREIRE, Paulo; FAUDEZ, António. Por uma pedagogia da pergunta. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1985.
FREIRE, Paulo. Pedagogia do oprimido. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1987.
GALLO, Sílvio. Cuidar de si e cuidar do outro. In: Kohan,Walter Omar; GONDRA, José. Foucault 80 anos. Belo Horizonte: Autêntica,2006.
GALLO, Sílvio. A filosofia e seu ensino: conceito e transversalidade. Ethica, Rio de Janeiro, v. 13, n. 1, p. 17-35, 2006.
GALLO, Sílvio. Ensino de Filosofia: avaliação e materiais didáticos. Capítulo 8. In: Filosofia: ensino médio. Brasília, DF: Ministério da Educação, Secretaria de Educação Básica, 2010. (Coleção Explorando o Ensino; v. 14).
GALLO, Silvio. Metodologia do ensino de filosofia: uma didática para o ensino médio. Campinas/SP: Papirus, 2012.
GALLO, Sílvio. Em torno de uma educação menor. Educação & Realidade,v. 27. n. 2. jul./dez. 2002.
GELAMO, Rodrigo Pelloso. A imanência como "lugar" do ensino de filosofia. Pensar a imanência é pensar a vida. Educação e Pesquisa, São Paulo, v. 34, n.1, p. 127-137, jan./abr. 2008.
GUIDO, Humberto; GALLO, Silvio Donizetti de Oliveira; KOHAN, Walter Omar. Princípios e possibilidades para uma metodologia filosófica do ensino de filosofia: história, temas, problemas. In: CARVALHO, M; CORNELLI, G (Orgs.). Ensinar filosofia. Cuiabá: Central de Texto, 2013. v. 2. cap. 7. p. 105-128.
KANT, Immanuel. Sobre a pedagogia. Piracicaba: Editora UNIMEP, 1999.
MIZOGUCHI, Danichi Hausen. Os dispositivos e o cuidado de si: a invenção do presente. Revista Estudos de Psicologia, Rio de Janeiro, v. 21, n. 1, p. 69-79, 2016.
ROMANELLI, Otaíza de Oliveira. História da educação no Brasil. São Paulo: Vozes, 1978.
Published
How to Cite
Issue
Section
License
Copyright (c) 2022 Revista Digital de Ensino de Filosofia - REFilo
This work is licensed under a Creative Commons Attribution-NonCommercial-ShareAlike 4.0 International License.
Este obra está licenciado com uma Licença Creative Commons Atribuição 4.0 Internacional.