Políticas de obliteração do ensino de filosofia: uma narrativa sobre escombros filosóficos
DOI:
https://doi.org/10.5902/2448065767493Palavras-chave:
BNCC-EM, PNE, Ensino de filosofia, Professor, Projeto de vidaResumo
A partir da figura do narrador e do tipo de narrador camponês, aquele que viu a história da sua terra e a narra, criados por Walter Benjamin, o artigo apresenta-se como uma narrativa que articula o estado atual das políticas de educação – orientadas pelo Plano Nacional de Educação (PNE) e pela Base Nacional Comum Curricular-Ensino Médio (BNCC-EM) – com a recente obliteração do ensino de filosofia; os relaciona com os movimentos coletivos, realizados por professores e estudantes de filosofia, na primeira década do século XXI, e as decorrentes conquistas. No interstício entre passado e presente, a narrativa tem em vista mostrar os feitos coletivos referentes a conquistas da filosofia na educação brasileira, a fim de que, no presente que as renega, sejamos capazes de perseverar e criar linhas para sair das situações que aprisionam o pensamento filosófico educacional e o trabalho docente. Uma das linhas propostas e defendida no artigo é a de que os professores das Ciências Humanas e Sociais Aplicadas, especialmente aqueles que têm formação em Filosofia, sejam os responsáveis pelo componente curricular “Projeto de vida”, justamente porque é graças à formação filosófica que eles estão melhor habilitados a alcançar os objetivos da proposta do Novo Ensino Médio.
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