A escrita de um diário como avaliação no ensino de Filosofia
Um artigo apresenta uma experiência avaliativa realizada entre 2018 e 2019 nas disciplinas Filosofia da Educação e Introdução aos Estudos da Educação – Enfoque Filosófico, da Faculdade de Educação da USP. O objetivo foi analisar o potencial pedagógico da escrita reflexiva cotidiana, em forma de diário pessoal, como instrumento de avaliação no ensino de Filosofia.
A prática adotada, chamada de “Diário Mental”, consistiu em registros manuscritos, em primeira pessoa, nos quais os estudantes relacionavam suas reflexões pessoais aos conteúdos trabalhados em sala. Os resultados indicaram que o recurso favorece a reflexão autônoma e aproxima os alunos da tradição filosófica como modo de vida, ainda que apresente desafios logísticos no contexto educacional.
A proposta fundamenta-se no conceito de “exercícios espirituais” de Pierre Hadot, que entende a Filosofia como prática existencial, sugerindo que o diário pode funcionar como um exercício introdutório à experiência filosófica.
