As práticas de consumo de moda de mulheres millennials: entre o fast e o slow fashion
DOI:
https://doi.org/10.5902/1983465970206Palavras-chave:
Teorias de práticas, Fast fashion, Slow fashionResumo
Finalidade: A natureza efêmera da moda fast tem influenciado uma mudança de pensamento de pessoas ao redor do mundo acerca das suas práticas de produção e consumo. Esta mudança de comportamento social vem sendo percebida, pois pessoas questionam a atual maneira de consumir e provocam o que tem sido nomeado de slow fashion. Desta maneira, como se dá a adesão de ‘práticas’ de consumo de moda, tidas como slow fashion por mulheres jovens, grupo etário inserido na classificação millennials? Seria uma transição do fast ao slow?
Metodologia: Esta pesquisa é de abordagem qualitativa e quanto a seu tipo se classifica como exploratória, fazendo uso da entrevista como técnica de coleta de dados.
Resultados: Os resultados apontaram um consumo assíduo dentro do grande varejo de fast fashion, decorrente de fatores como preços baixos, comodidade e fácil acesso. Contudo, as entrevistadas apresentaram tendências de posicionamento para o consumo de produtos slow.
Originalidade: Conclui-se que o fast fashion, até o momento, é a prática concreta e hegemônica do consumo de moda, não sendo possível visualizá-la como ex-prática, posto que os três critérios de sua classificação ainda se mantêm conectados. Quanto ao slow, este se encontra um estado de proto-prática, pois são identificados elementos componentes, mas as conexões ainda não foram realizadas.
Downloads
Referências
Bauer, M. W., & Gaskell, G. (2017). Pesquisa qualitativa com texto, imagem e som: um manual prático. Editora Vozes Limitada.
Bardin, L. (2002). Análise de conteúdo. Lisboa: edições, 70.
Barska, A. (2018). Millennial consumers in the convenience food market. Management, 22(1).
Bourdieu, P. (1983). Sociologia (Organização: Renato Ortiz). São Paulo: Ática.
Bourdieu, P. (1983a). Questões de sociologia. Rio de Janeiro: Zero.
Caliope, T.S & Lazaro, J.C. (2018). From Fast to Slow: Transitions to Sustainable Fashion. A Theoretical Essay. International Sustainability Transitions Conference, ID291 (Full Paper) IST Manchester, Uk.
Clark, H. (2008). SLOW+ FASHION—an Oxymoron—or a Promise for the Future…?. Fashion theory, 12(4), 427-446.
Crane, D. (2013). A moda e seu papel social: classe, gênero e identidade das roupas. Editorial Senac São Paulo.
Sarmiento, C. D., Lambraño, M. L., & Lafont, L. R. (2017). Entendiendo las generaciones: una revisión del concepto, clasificación y características distintivas de los Baby Boomers, XY Millennials. Clío América, 11(22), 188-204.
Ozdamar Ertekin, Z., & Atik, D. (2015). Sustainable markets: Motivating factors, barriers, and remedies for mobilization of slow fashion. Journal of Macromarketing, 35(1), 53-69.
Godoi, C. K., Bandeira-De-Mello, R. & Silva, A. B. (2010). Pesquisa qualitativa em estudos organizacionais: paradigmas, estratégias e métodos. São Paulo: Saraiva.
Gomes, A. R. & Silva Filho, J. C. L. (2019). Gestão dos Resíduos Gerados em um Órgão Público: utilizando as lentes das práticas na análise de sua adesão. Anais Seminário em Administração, 12, 2019, São Paulo: XXII SemeAd.
IBGE. (2017). Panorama da Cidade de Teresina. Disponível em: <https://cidades.ibge.gov.br/brasil/pi/teresina/panorama> Acesso: 07 de abr. 2020.
Hall, J. (2018). Quimono digital: moda rápida, moda lenta?. Teoria da Moda, 22 (3) p. 283-307.
Hargreaves, T. (2011). Practice-ing behaviour change: Applying social practice theory to pro-environmental behaviour change. Journal of consumer culture, 11(1), 79-99.
Hernández, A. (2018). Fast and Slow Fashion as Seen Through the Millennial Mindset (Doctoral dissertation, The Ohio State University).
Lipovetsky, G. (2009). O império do efêmero: a moda e seu destino nas sociedades modernas. Editora Companhia das Letras.
Marques, A. D., Marques, A. & Ferreira, F. Homo Sustentabilis: economia circular e novos modelos de negócios na indústria da moda. SN AppliedSciences, 2 (2), p. 306, 2020.
Mesquita, R. F., & Matos, F. R. N. (2014). A abordagem qualitativa nas ciências administrativas: aspectos históricos, tipologias e perspectivas futuras. Revista Brasileira de Administração Científica, 5(1), 7-22.
Mesquita, R. F. D., Matos, F. R. N., Sena, A., & Leite, K. C. T. (2017). The multiplicity of facets of contemporary femininity in high fashion blogs. RAM. Revista de Administração Mackenzie, 18(1), 96-119.
Molinillo, S., Vidal-Branco, M., & Japutra, A. (2020). Understanding the drivers of organic foods purchasing of millennials: Evidence from Brazil and Spain. Journal of Retailing and Consumer Services, 52, 101926.
Nash, J. (2018). Exploring how social media platforms influence fashion consumer decisions in the UK retail sector. Journal of Fashion Marketing and Management: An International Journal.
Průša, P., & Sadílek, T. (2019). Green consumer behavior: The case of Czech consumers of generation Y. Social Marketing Quarterly, 25(4), 243-255.
Reckwitz, A. (2002). Toward a theory of social practices: A development in culturalist theorizing. European journal of social theory, 5(2), 243-263.
Røpke, I. (2009). Theories of practice—New inspiration for ecological economic studies on consumption. Ecological economics, 68(10), 2490-2497.
Schatzki, T. R., Knorr-Cetina, K., & Von Savigny, E. (Eds.). (2001). The practice turn in contemporary theory (Vol. 44). London: Routledge.
Severino, A. J. (2017). Metodologia do trabalho científico. Cortez editora.
Silva, M. E., & Figueiredo, M. D. (2017). Sustainability as practice: Reflections on the creation of an institutional logic. Sustainability, 9(10), 1839.
Spaargaren, G. (2011). Teorias das práticas: Agência, tecnologia e cultura: Explorando a relevância das teorias da prática para a governança das práticas de consumo sustentável na nova ordem mundial. Mudança Ambiental Global, 21 (3), 813-822.
Shove, E. & Walker, G. (2010). Governando as transições na sustentabilidade da vida cotidiana. Política de pesquisa, 39 (4), 471-476.
Štefko, R., & Steffek, V. (2018). Key issues in slow fashion: Current challenges and future perspectives. Sustainability, 10(7), 2270.
Su, J., Watchravesringkan, K. T., Zhou, J., & Gil, M. (2019). Sustainable clothing: Perspectives from US and Chinese young Millennials. International Journal of Retail & Distribution Management.
Vojvodić, K. D., Šošić, M. D. M., & Žugić, J. D. (2018). Rethinking impulse buying behaviour: Evidence from generation Y consumers. EMC REVIEW-ČASOPIS ZA EKONOMIJU, 15(1).
Warde, A. (2005). Consumption and theories of practice. Journal of consumer culture, 5(2), 131-153.
Warde, A., Welch, D. & Paddock, J. (2017). Studying consumption through the lens of practice. In Routledge Handbook on Consumption (pp. 25-35), Routledge.
Yazici, B. (2016). Attitudes of generation y towards luxury products and youth-led change in luxury consumption behaviour. Turkish Online Journal of Design Art and Communication, 6(3), 291-306.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2022 Revista de Administração da UFSM
![Creative Commons License](http://i.creativecommons.org/l/by/4.0/88x31.png)
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Autores de artigos publicados pela ReA/UFSM mantêm os direitos autorais de seus trabalhos, licenciando-os sob a licença Creative Commons Attribution CC-BY, que permite que os artigos sejam reutilizados e distribuídos sem restrição, desde que o trabalho original seja corretamente citado.