Os efeitos de uma linguística como reflexão antropológica no ensino e na pesquisa: o texto autoavaliativo em análise

Autores

DOI:

https://doi.org/10.5902/2176148584620

Palavras-chave:

Antropologia da Enunciação, Portfólio, Autoavaliação

Resumo

Este artigo objetiva explorar os efeitos da consideração da produção de textos, especificamente de textos autoavaliativos, como um fenômeno possível de ser abordado por uma antropologia da enunciação. Para isso, primeiramente, apresenta as perspectivas enunciativa de Benveniste e antropológico-enunciativa de Flores. Em seguida, desloca-as ao contexto educacional de modo articulado ao relato docente quanto à elaboração de portfólio como instrumento (auto)avaliativo que possibilita ao discente tematizar sua posição de falante. O percurso teórico-analítico produz efeitos tanto para o fazer do professor, na proposição de atividades e instrumentos avaliativos, quanto para o fazer do linguista, na proposição de encaminhamentos para a abordagem de fenômenos situados no contexto educacional.

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Biografia do Autor

Carolina Knack, Universidade Federal do Rio Grande do Sul

Professora Adjunta do Departamento de Letras Clássicas e Vernáculas do Instituto de Letras da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Doutora e Mestra em Estudos da Linguagem pela mesma Universidade.

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Publicado

2023-12-20

Como Citar

Knack, C. (2023). Os efeitos de uma linguística como reflexão antropológica no ensino e na pesquisa: o texto autoavaliativo em análise. Letras, 56–66. https://doi.org/10.5902/2176148584620