“Entre la discreción y la locura”: uma breve análise da categoria histórica da discrição em Dom Quixote de la Mancha, de Miguel de Cervantes
DOI:
https://doi.org/10.5902/2176148571346Palavras-chave:
Discrição, Juízo, Prudência, Loucura, Dom Quixote de la ManchaResumo
Neste artigo, propõe-se explorar a categoria histórica do “discreto” em Dom Quixote de la Mancha (Parte I, 1605; Parte II, 1615), a fim de fazer ouvir as vozes seiscentistas inscritas nos discursos que constituem um primeiro destinatário textual do livro. Para tanto, serão analisados episódios selecionados da obra cervantina em cotejo com enunciados que formulam os sentidos e as funções da “discrição” na época de Cervantes, como dicionários, preceptivas e tratados retórico-poéticos coetâneos, sobretudo o Tesoro de la lengua castellana o española (1611), de Sebastián Covarrubias. Almeja-se, assim, evitar interpretações anacrônicas que impedem a aproximação com o campo semântico e conceitual que as obras de ficção seiscentistas mobilizam e amplificam, tanto em sua dimensão inventiva quanto na elocutiva.
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