A monocultura da mente e o etnocídio na Bacia do Xingu: pela defesa de uma ecologia de saberes

Authors

  • Guilherme Pittaluga Hoffmeister
  • Júlia de David Chelotti
  • Luiz Ernani Bonesso de Araujo

DOI:

https://doi.org/10.5902/2357797533301

Keywords:

Diatopical Hermeneutics, Ecology of Knowledges, Ethnocide, Insurgent Cosmopolitanism, Monoculture of the Mind

Abstract

The current framework of modernity, marked by globalization, imposes numerous challenges to the guarantee and realization of rights in various spheres. The present work aims to demonstrate that in this context a specific form of rationality reigns, and has, as a reflection, the extermination of other forms of knowledge and, ultimately, the massacre of entire ethnic groups. As an example, is used the case of etnocide arising from the construction of the Belo Monte plant in the Xingu basin, region of northern Brazil. From a complex approach, the article also aims to reflect on the limits and possibilities for overcoming this rationality defined as a monoculture of thought by a new paradigm. The bet is on the idea of diatopic hermeneutics as a form of insurgent cosmopolitanism, and as an enabler of an ecology of knowledges. From this, it seeks to assess to what extent this could be a path to the consolidation of a democratic state of law capable of effectively protecting the rights of populations in a position of vulnerability, such as the indigenous segments.

Downloads

Download data is not yet available.

References

ARAUJO, Luiz Ernani Bonesso de. “O Direito da Sociobiodiversidade”. In: TYBUSH, Jerônimo Siqueira; ARAUJO, Luiz Ernani Bonesso de; SILVA, Rosane Leal da (orgs.). Direitos Emergentes na Sociedade Global: Anuário do Programa de Pós-Graduação em Direito da UFSM. Ijuí: Unijuí, 2013.

BRUM, Eliane. “Belo Monte: a anatomia de um etnocídio”. In: El País. Entrevista com Thais Santi. 2014. Disponível em: http://brasil.elpais.com/brasil/2014/12/01/opinion/1417437633_930086.html. Acesso em: 14 de agosto de 2016.

DEMO, Pedro. Complexidade e aprendizagem: a dinâmica não-linear do conhecimento. São Paulo: Atlas, 2008.

DUPAS, Gilberto. O mito do progresso: ou progresso como ideologia. 2. ed. São Paulo: Unesp, 2012.

DUSSEL, Enrique. “Meditações anticartesianas sobre a origem do antidiscurso filosófico da modernidade”. In: SANTOS, Boaventura de Sousa; MENESES, Maria Paula. (Orgs.). Epistemologias do Sul. São Paulo: Cortez, 2009.

__________. “Europa, modernidade e eurocentrismo”. In: LANDER, Edgardo (org.). A colonalidade do saber: eurocentrismo e ciências sociais. Perspectivas Latino-americanas. Buenos Aires: CLACSO, 2005.

MORIN, Edgar. Introdução ao pensamento complexo. 4. ed. Lisboa: Piaget, 2003.

MIGNOLO, Walter. “A colonialidade de cabo a rabo: o hemisfério ocidental no horizonte conceitual da modernidade”. In: LANDER, Edgardo (org.). A colonialidade do saber: eurocentrismo e ciências sociais. Perspectivas latino-americanas. Buenos Aires: Clacso, 2005. pp. 71-103.

PORTO-GONÇALVES, Carlos Walter. A globalização da natureza e a natureza da globalização. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2006.

QUIJANO, Anibal. “Colonialidade do poder e classificação social”. In: SANTOS, Boaventura de Sousa; MENESES, Maria Paula. (Orgs.). Epistemologias do Sul. São Paulo: Cortez, 2010.

SALDANHA, Jânia Maria Lopes. “A aplicação da margem nacional de apreciação pelas cortes de direitos humanos: desafios à internacionalização dos direitos humanos”. In: REDIN, Giuliana; SALDANHA, Jânia Maria Lopes; SILVA, Maria Beatriz Oliveira da (Orgs.). Direitos Emergentes na Sociedade Global: Programa de Pós-Graduação em Direito da UFSM. Santa Maria: UFSM, 2016.

SANTOS, Boaventura de Sousa. A gramática do tempo: para uma nova cultura política. 3. ed. Coleção para um novo senso comum. V. 4. São Paulo: Cortez, 2010a.

__________. As tensões da modernidade. 2002. Disponível em: http://www.dhnet.org.br/direitos/militantes/boaventura/boaventura4.html#1. Acesso em: 28 de julho de 2016.

__________. “Para além do pensamento abissal: das linhas globais a uma ecologia de saberes”. In: SANTOS, Boaventura de Sousa; MENESES, Maria Paula. (Orgs.). Epistemologias do Sul. São Paulo: Cortez, 2010b.

SANTOS, Boaventura de Sousa; MENESES, Maria Paula. (Orgs.). Epistemologias do Sul. São Paulo: Cortez, 2010c.

SANTOS, Milton. Por uma outra globalização: do pensamento único à consciência universal. 25. ed. Rio de Janeiro: Record, 2015.

WALSH, Catherine. “Interculturalidad, plurinacionalidad y decolonialidad: las insurgências político-epistémicas de refundar el Estado”. In: Tabula Rasa. Bogotá - Colombia, n. 9, jul/dic., 2008, pp. 131-152.

Published

2018-08-25

How to Cite

Hoffmeister, G. P., Chelotti, J. de D., & de Araujo, L. E. B. (2018). A monocultura da mente e o etnocídio na Bacia do Xingu: pela defesa de uma ecologia de saberes. Revista InterAção, 9(1), 71–97. https://doi.org/10.5902/2357797533301

Issue

Section

Articles