O fenômeno migratório nos mapas: o que se fixa dos discursos sobre a humanidade em fluxo

Autores/as

DOI:

https://doi.org/10.5902/2236499439875

Palabras clave:

analise do discurso, migração, mapas, ensino de geografia, coremas

Resumen

À medida que a intensidade do fluxo migratório cresce e tensiona  a União Europeia, sobretudo nas ultimas décadas, crescem em igual medida os esforços pelo controle de fronteiras (Frontex) e imprensa internacional de sua leitura e monitoramento. O resultado destes esforços é traduzido e reportado, com uso da linguagem cartográfica, ao cidadão europeu em uma lógica de prestação de contas acerca da contenção destes fluxos por meio da representação que deles é construída. Não raro, são estes mapas que subsidiam o ensino de geografia nas escolas. Esse artigo se propõe a analisar o discurso presente em mapas temáticos produzidos por órgãos oficiais europeus, suas possíveis implicações ideológicas e indicar possíveis alternativas para o estudo destes fenômenos espaciais no ensino de geografia. Os referenciais teóricos para essa análise estão presentes no campo da Análise do Discurso, da Cartografia Crítica e aprendizagem por investigação.

Descargas

Los datos de descargas todavía no están disponibles.

Biografía del autor/a

Diego Martins da Cruz, Universidade Federal de Minas Gerais

Professor da Educação Básica em Geografia pelo Estado em Minas Gerais.Graduado em licenciatura e bacharelado pela Universidade Federal de Minas Gerais (2016). Mestrando no programa de pós graduação em Geografia da UFMG, na linha de pesquisa: Cultura, ecologia, política e educação geográfica, Tem experiência em ensino e pesquisa em Geografia, com ênfase em Organização do Espaço, atuando principalmente nos seguintes temas: Educação e prática de ensino, Espaço e sociedade, Geografia Cultural. Desenvolve, através do Grupo de Estudos em Ensino e Pesquisa em Geografia (GEPEGEO), atividades extensionistas voltadas à formação de professores de Geografia atuantes no nível básico de ensino e atividades de pesquisa em pratica de ensino em Geografia.

 

Citas

ALTHUSSER, L. Ideologia e Aparelhos Ideológicos do Estado. In: ZIZEK, S. Um mapa da ideologia. Contraponto editora, Rio de Janeiro, RJ, 1996.

BAKHTIN, M. Marxismo e filosofia da linguagem . Hucitec, São Paulo, SP, 6a edição, 1992

BROTTON, Jerry. Uma História do Mundo em Doze Mapas. Rio de Janeiro: Zahar, 2014.

BRUNET, R. Le déchiffrement du monde: théorie et pratique de la géographie. França/Paris: Belin, 2001.

BRUNET, R. DOLLFUS O. Géographie Universelle, I, Mondes nouveaux, Parigi, Belin/Reclus, 1990.

CACHINHO, Herculano. Geografia escolar: orientação teórica e praxis didáctica. Inforgeo, 15, Lisboa, Edições Colibri, 2000, p. 69-90

CRAMPTON, J.W. KRYGIER, J. Uma introdução à cartografia crítica. ACME: An International E-Journal for Critical Geographies, Volume 4, Issue 1.Tradução de Carolina Apolinário de Souza in Cartografias sociais e território / Henri Acselrad (organizador). Rio de Janeiro : Universidade Federal do Rio de Janeiro, Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano e Regional, 2008. 168 p.

DEL GALDIO, R. S. O mapa enquanto discurso e o discurso do mapa - algumas questões. Rev. Ensaio | Belo Horizonte | v.05 | n.02 | p.129-145 | outubro | 2003.

DUTENKEFER, Eduardo. Representação do espaço geográfico: mapas dasimétricos, anamorfoses e modelização gráfica. Dissertação (Mestrado em Geografia). São Paulo: Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (Universidade de São Paulo), 2010.

FOUREZ, Gérard. Cómo se elabora el conocimiento. Madrid: Narcea, 2008.

GIRARDI ,Ludmila. Estruturas e dinâmicas espaciais da organização da internet no território brasileiro, Confins [Online], 23 | 2015 Acessado em 19 abril 2018 Disponível em : http://journals.openedition.org/confins/9976

GOMES, PAULO C.C. O lugar do olhar. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2013.

HARLEY, J. B. Deconstructing the map. Cartographica. v.26, n.2. Toronto: University of Toronto Press, 1989. p.1-20.

JOLY, F. A Cartografia. Papirus Editora, Campinas, SP, 1990.

LACOSTE, Y. A Geografia - isso serve, em primeiro lugar, para fazer a guerra. Papirus Editora, Campinas, SP, 4a edição, 1997.

LEFEBVRE, H. Espacio y política. 62.ed. Barcelona: Península, 1976.

MONMONIER, Mark. How to lie with maps. Chicago: University Of Chicago Press, 1996.

PÊCHEUX, M. O mecanismo do (des)conhecimento ideológic”. In: ZIZEK, S. Um mapa da ideologia. Contraponto Editora, Rio De Janeiro, RJ, 1996.

PICKLES, John. A History of Spaces. Cartographic Reason, Mapping and the Geo-Coded World. London: Routledge. 2004

SANTOS, Milton. A Natureza do Espaço: Técnica e Tempo, Razão e Emoção / Milton Santos. - 4. ed. 2. reimpr. - São Paulo: Editora da Universidade de São Paulo, 2006.

_Técnica, espaço, tempo: globalização e meio técnico-científico informacional. São Paulo: HUCITEC, 1994.

RUOCCO D. Glossario Geografico Internazionale, Napoli, Unione Geografica.Internazionale/Istituto Geografico Italiano, 1988.

THERBORN, G. The Ideology of Power and the Power of Ideology. London: 1980.

United States. International Migration Report 2017: Highlights. ST/ESA/SER.A/404. New York, 2017.

ZIZEK, Slavoj. Primeiro como tragédia, depois como farsa. Tradução: Maria Beatriz de Medina. - São Paulo : Boitempo , 2011.

Publicado

2019-12-20

Cómo citar

Cruz, D. M. da. (2019). O fenômeno migratório nos mapas: o que se fixa dos discursos sobre a humanidade em fluxo. Geografia Ensino & Pesquisa, 23, e17. https://doi.org/10.5902/2236499439875

Número

Sección

Produção do Espaço e Dinâmica Regional