Após a utopia: a negociação de esperança e fatalismo na Brasília literária de João Almino
DOI:
https://doi.org/10.5902/2179219470262Palavras-chave:
Apocalipse, Brasília, Literatura, Milênio, UtopiaResumo
Este artigo aborda dois romances de João Almino, Idéias para onde passar o fim do mundo (1987) e As cinco estações do amor (2001), para examinar como o autor rejeita o consenso anti-utópico respeito a Brasília no final do século XX. Nas duas obras, o legado de projeção utópica no Distrito Federal se entende como falido, porém ainda ressoa e contrabalança a desilusão individual e coletiva. O artigo argumenta que este retrato matizado e ambíguo do utopianismo representa uma abordagem pós-utópica da transformação social que, não obstante, desafia significativamente o desprezo prevalecente para a utopia na época da publicação dos romances.
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