Sobre uma família nojenta de cabras e bois mansos a se devorarem
DOI:
https://doi.org/10.5902/2179219484339Palavras-chave:
Colonização, Aniquilação do sujeito, Imaginário, Auto dos danados, Lobo AntunesResumo
O artigo focaliza o processo de colonização, desencadeado por Portugal, que instalou, em sociedades autóctones, via opressão e práticas discursivas, o imaginário da aniquilação do Outro. No caso de Portugal, a anulação dos sujeitos conduziu à ditadura salazarista, às guerras coloniais e a uma sensação de (des)pertencimento e de degeneração da estrutura familiar e social. Com base nisso, o artigo analisa a representação das personagens em Auto dos danados, de Lobo Antunes, que narra a decomposição moral e a decadência econômica de uma família do Alentejo, e conclui que essa circunstância se estende, como alegoria, à terra portuguesa.
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