O social e suas dimensões em agroindústrias familiares rurais
DOI:
https://doi.org/10.5902/2318179610264Palavras-chave:
agricultura familiar, impacto social, política públicaResumo
http://dx.doi.org/10.5902/2318179610264
A aproximação entre a temática da agroindustrialização e da avaliação de impacto social se faz necessária à medida que a atividade ganha respaldo diante das políticas públicas e, principalmente, dos agricultores enquanto uma estratégia de reprodução social. A fim de contribuir nesse debate e problematizar a relação entre agroindústria familiar e qualidade de vida, trabalhamos com a ideia de avaliação de impacto social. Temos por objetivo discutir sobre a dimensão social das agroindústrias na propriedade familiar, sobretudo a partir de algumas variáveis. A pesquisa contemplou uma análise teórica da temática de avaliação de impacto social; incursões empíricas para diálogo com agricultores e outros agentes locais, a fim de levantar variáveis e indicadores; e, por fim, uma síntese avaliativa da proposta e da dimensão social da agroindustrialização. De forma geral, concluímos que a agroindústria como o “carro-chefe” da unidade de produção gera um impacto considerável, porém pode comprometer a reprodução social. Observamos que, inevitavelmente, a opção pela transição para a agroindústria familiar implica investimentos, mudanças na lógica de trabalho e de gestão da unidade de produção agrícola e, com elas, algumas consequências indesejáveis, que passam muitas vezes despercebidas (ou não são discutidas) aos agentes envolvidos. Por fim, apontamos a necessidade de discussão sobre o perfil de agroindústria desejável às diferentes realidades rurais, e, sobretudo, faz-se fundamental começar a discutir e a considerar a dimensão social como um elemento essencial, uma vez que implica em sérias mudanças no modo de vida das famílias rurais.