Análise sobre a monocultura de soja e o desenvolvimento sustentável na Amazônia com base na teoria do desenvolvimento endógeno
DOI:
https://doi.org/10.5902/1414650913882Palabras clave:
Desenvolvimento sustentável, Desenvolvimento Endógeno, Amazônia, Monocultura, SojaResumen
O trabalho tem como objetivo realizar uma análise teórica acerca dos riscos, dos conflitos e da (in)sustentabilidade da monocultura de soja na região Amazônica, fazendo uma delimitação deste problema a partir das categorias do Desenvolvimento Endógeno. A hipótese principal é que, pelas características relativas à necessidade de investimentos maciços para a expansão em escala industrial da cultura mencionada, a mesma limita as possibilidades de participação dos atores locais, concentrando-se nas mãos de grandes grupos e por esse motivo não representa uma alternativa real de desenvolvimento endógeno para a região. A análise apresentada se dá por meio de uma discussão teórica, à luz da Teoria do Desenvolvimento Endógeno, fundamentada na literatura sobre o tema. Além disso, é apresentada e discutida a questão do avanço da monocultura de soja na região, expondo-se seus impactos negativos e os argumentos contrários àquela atividade. O trabalho traz como considerações finais reflexões acerca das características da sojicultura na Amazônia, as quais levam à conclusão de que, segundo o modelo atualmente praticado, foge da premissa do desenvolvimento endógeno, que teria como característica e condição a possibilidade de que os atores locais participem do processo e possam usufruir os rendimentos gerados como fruto de seus esforços.
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