<b>Escola para Surdos: território de agenciamento cultural</b>
Resumo
O presente trabalho objetiva analisar as contribuições da Educação Infantil da Escola Estadual de Educação Especial Dr. Reinaldo Fernando Cóser para o desenvolvimento dos alunos/as surdos/as pertencentes às famílias ouvintes. Os sujeitos investigados apresentam-se em dois grupos. O grupo 1, são três alunos surdos, de 04 a 05 anos, ingressos, pela primeira vez, na referida escola e sem contato com a língua de sinais e comunidade surda. Esse grupo foi observado, no contexto escolar, em situações variadas de interação com adultos surdos, utilizando-se da observação participada e do diário de campo. O grupo 2, são os respectivos pais, que também estão em contato inicial com a língua de sinais e comunidade surda. Para esse grupo, foi realizada uma entrevista semi-estruturada, visando conhecer à interação dos pais ouvintes com seus filhos surdos e com a escola. Resultados mostram que, entre os familiares ouvintes e alunos surdos, evidencia-se muitos conflitos pela falta do uso de uma língua comum. O desconhecimento e não domínio por parte dos familiares em língua de sinais, as trocas comunicativas são exercidas por sinais convencionados, não constituintes daquela língua, ocasionando um prejuízo lingüístico cognitivo para os filhos surdos. Através desta pesquisa, pode-se perceber que a escola constitui-se no ambiente favorável e necessário para o desenvolvimento lingüístico cognitivo para os alunos surdos. Espaço potencializado da sua cultura e construtor de identidade surda. Pode-se concluir que o processo de aquisição da língua de sinais para a pessoa surda dá-se pela interação com seus pares mais fluentes nesta língua.
Palavras-chave: Cultura. Surdos. Escola.
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