EFEITOS DE DIFERENTES TIPOS DE CONTROLE DE PLANTAS INFESTANTES SOBRE A MIRMECOFAUNA EM <i>Eucalyptus grandis</i>

Autori

  • Jardel Boscardin
  • Ervandil Corrêa Costa
  • Juliana Garlet
  • Leonardo Mortari Machado
  • Dayanna Nascimento Machado
  • Leandra Pedron
  • Lisandro Cunha Bolzan

DOI:

https://doi.org/10.5902/1980509821062

Parole chiave:

entomologia florestal, Formicidae, matocompetição, plantio inicial

Abstract

http://dx.doi.org/10.5902/1980509821062

Este estudo teve como objetivo avaliar os efeitos de diferentes tipos de controle de plantas infestantes sobre a mirmecofauna em um plantio inicial de Eucalyptus grandis. Para tanto, em março de 2011 foi realizado o início da implantação da cultura, em uma área localizada no município de Santa Maria - RS. Os seis tratamentos constituíram-se em controle químico total de plantas infestantes, na linha e na entrelinha de plantio, com glifosato (T1); controle químico total de plantas infestantes, na linha de plantio, com glifosato (T2); controle químico de monocotiledôneas na linha e entrelinha de plantio, com setoxidim (T3); controle químico de dicotiledôneas na linha e entrelinha de plantio, com bentazona (T4); controle químico total de plantas infestantes em faixa de um metro paralela à linha de plantio, com glifosato, e de um metro na parte central da entrelinha, sem controle (T5); e testemunha, sem controle de plantas infestantes (T6). O levantamento da mirmecofauna foi realizado no período de um ano utilizando-se três métodos de coleta: isca atrativa, armadilha de solo e funil de Berlese, com seis repetições por tratamento, em cada data de coleta. Nesse período foram coletadas 46.675 formigas, distribuídas em 37 espécies, não sendo verificada diferença significativa entre o total de espécimens coletados. Na área do tratamento constituído pelo controle de plantas infestantes somente na linha de plantio verificou-se eficiência amostral de 99,0% e Sobs = 35. Entre os índices de Diversidade de Shannon (H’) encontrados, destacou-se o valor encontrado para a área do tratamento T2 (H’= 1,34) em detrimento dos valores das áreas nas quais foram instalados os tratamentos T1 (H’= 1,25) e T5 (H’= 1,23). Havendo assim, uma maior coexistência de espécies de formigas entre as áreas com estrutura florística menos alterada, e entre as áreas mais simplificadas. Não tendo sido verificada correlação significativa (r = 0,0463) entre a riqueza de espécies de formigas coletadas e o número de plantas infestantes encontradas ao final do experimento. Assim, conclui-se que os efeitos indiretos da ação dos herbicidas afetam mais a composição local de espécies de formigas do que sua riqueza.

Downloads

I dati di download non sono ancora disponibili.

Riferimenti bibliografici

ABRAF. Associação Brasileira de Produtores de Florestas Plantadas. Anuário Estatístico da ABRAF 2012: ano base 2011. Disponível em: <http://www.abraflor.org.br/estatisticas/ABRAF12/ABRAF12-BR.pdf>. Acesso em: 05 set. 2012.

ALONSO, L. E. Ants as Indicators of Diversity. In: AGOSTI, D. et al. (Ed.). Ants: standard methods for measuring and monitoring biodiversity. Washington and London: Smithsonian Institution Press, 2000, cap. 6, p. 80-88.

ALTIERI, M. A.; SILVA, E. do N.; NICHOLLS, C. I. O papel da biodiversidade no manejo de pragas. Ribeirão Preto: Holos, 2003. 226 p.

BESTELMEYER, B. T. et al. Fiel techiniques for the study of ground-dwelling ants: an overview, description, and evaluation. In: AGOSTI, D. et al. (Ed.). Ants: standard methods for measuring and monitoring biodiversity. Washington and London: Smithsonian Institution Press, 2000, cap. 9, p. 122-144.

BOLTON, B. Identification guide to the ant genera of the world. Cambridge: Harvard University Press, 1994. 222 p.

BOSCARDIN, J. et al. Avaliação comparativa de iscas atrativas a partir da riqueza de espécies de formigas (Hymenoptera: Formicidae) numa floresta de Eucalyptus grandis, em Santa Maria, Rio Grande do Sul, Brasil. AUGMDomus, Montevideo, v. 3, p.10-19, 2011.

BRANDÃO, C. R. F.; SILVA, R. R.; DELABIE, J. H. C. Formigas (Hymenoptera). In: PANIZZI, A. R.; PARRA, J. R. R. (Ed.). Bioecologia e nutrição de insetos: Base para o manejo integrado de pragas. Brasília: Embrapa Informação Tecnológica, 2009. cap. 9, p. 323-370.

COLWELL, R. K. EstimateS: statistical estimation of species richness and shared species from samples. Version 7.5.2. 2009. Disponível em: < http://viceroy.eeb.uconn.edu/estimates>. Acesso em: 23 nov. 2011.

DELABIE, J. H. C. Pheidole pullula [mensagem pessoal]. Mensagem recebida por em 26 jun. 2012.

DELABIE, J. H. C.; AGOSTI, D.; NASCIMENTO, I. C. Litter ant communities of the Brazilian Atlantic rain forest region. In: AGOSTI, D. et al. (Ed.). Sampling ground-dwelling ants: case studies from the world’s rain forests. Perth: Curtin University, 2000. cap. 1, p. 1-17 (Bulletin, 18).

FERNÁNDEZ, F. Subfamília Formicinae. In: FERNÁNDEZ, F. (Ed.). Introducción a las hormigas de la región Neotropical. Bogotá: Instituto de Investigación de Recursos Biológicos Alexander Von Humboldt, 2003. cap. 21, p. 299-306.

FERREIRA, L. R. et al. Manejo integrado de plantas daninhas na cultura do eucalipto. Viçosa: Editora da UFV, 2010. 140 p.

FONSECA, R. C.; DIEHL, E. Riqueza de formigas (Hymenoptera, Formicidae) epigéicas em povoamentos de Eucalyptus spp. (Myrtaceae) de diferentes idades no Rio Grande do Sul, Brasil. Revista Brasileira de Entomologia, Curitiba, v. 48, n. 1, p. 95-100, mar. 2004.

FOWLER, H. G. et al. Ecologia nutricional de formigas. In: PANIZZI, A. R.; PARRA, J. R. R. (Ed.). Ecologia Nutricional de Insetos e Suas Implicações no Manejo Integrado de Pragas. São Paulo: Editora Manole LTDA, 1991, cap. 5, p. 131-223.

HAMMER, O.; HARPER, D.A.T.; RYAN, P. D. PAST: Paleontological Statistics Software Package for Education and Data Analysis. Palaeontologia Electronica, v. 4, n.1, p. 1-9, 2001.

HÖLLDOBLER, B.; WILSON, E. O. The ants. Cambridge: The Belknap Press of Harvard University Press, 1990. 732 p.

JAFFÉ, K. El mundo de las hormigas. Caracas: Equinoccio/ediciones de la Universidad Simón Bolívar, 1993. 190p.

LONGINO, J. T. Dorymyrmex. In: Ants of Costa Rica. Olympia: The Evergreen State College, 2007. Disponível em: <http://www.evergreen.edu/ants/antsofcostarica.html>. Acesso em: 09 mar. 2012.

LOPES, C. T.; VASCONCELOS, H. L. Evaluation of three methods for sampling ground-dwelling ants in the brazilian cerrado. Neotropical Entomology, Londrina, v.37, n. 4, p.399-405, jul./aug. 2008.

MAGURRAN, A. E. Medindo a diversidade ecológica. Tradução Dana Moiana Vianna. Curitiba: Ed. da UFPR, 2011. 261 p.

MAJER, J. D. Ants: Bio-indicators of minesite rehabilitation, land-use, and land conservation. Environmental Management, New York, v. 7, n.4, p. 375-383, 1983.

MARINHO, C. G. S. et al. Diversidade de Formigas (Hymenoptera: Formicidae) da Serapilheira em Eucaliptais (Myrtaceae) e Área de Cerrado de Minas Gerais. Neotropical Entomology, Londrina, v. 31, n. 2, p. 187-195, abr./jun. 2002.

MORENO, J. A. Clima do Rio Grande do Sul. Porto Alegre: Secretaria da Agricultura, 1961. 42 p.

PERRANDO, E. R. Caracterização física e biológica do solo após aplicação de herbicidas em plantios de Acácia-Negra (Acacia mearnsii De Wild.) no Rio Grande Do Sul. 2008. 93 f. Tese (Doutorado em Engenharia Florestal) – Universidade federal de Santa Maria, Santa Maria, 2008.

RAMOS, L. de S. et al. Impacto das capinas mecânica e química do sub-bosque de Eucalyptus grandis sobre a comunidade de formigas (Hymenoptera: Formicidae). Revista Árvore, Viçosa, v. 28, n.1, p. 139-146, 2004.

RAMOS-LACAU, L. de S. et al. Respostas das guildas de formigas (Hymenoptera: Formicidae) a práticas silviculturais em plantio de eucaliptos. Agrotrópica, Ilhéus, v. 20, p. 61-72, 2008.

SARMIENTO-M, C. E. Metodologías de captura y estudio de las hormigas. In: FERNÁNDEZ, F. (Ed.). Introducción a las hormigas de la región Neotropical. Bogotá: Instituto de Investigación de Recursos Biológicos Alexander Von Humbolt, 2003. cap. 12, p. 201-210.

SCHMIDT, F. A.; DIEHL, E. What is the Effect of Soil Use on Ant Communities? Neotropical Entomology, Londrina, v. 37, n. 4, p. 381-388, jul./ago. 2008.

SILVA, F. de A. S.; AZEVEDO, C. A. V. de. Principal components analysis in the software Assistat-statistical attendance. In: WORLD CONGRESS ON COMPUTERS IN AGRICULTUMIDADE RELATIVAE, 7. Reno, USA: Anais… Reno, USA: American Society of Agriculal and Biological Engineers, 2009.

SILVESTRE, R.; BRANDÃO, C. R. F.; SILVA, R. R. Gremios funcionales de hormigas: El caso de lós gremios del Cerrado. In: FERNANDÉZ, F. (Ed.). Introducción a las hormigas de La región Neotropical. Bogotá: Fundación Humboldt, 2003. cap. 7, p. 113-148.

SILVESTRE, R.; SILVA, R. R. da. Guildas de formigas da Estação Ecológica Jataí, Luiz Antônio – SP. Sugestões para aplicação do modelo de guildas como bio-indicadores ambientais. Biotemas, Florianópolis, v.14, n. 1, p.37-69, 2001.

SIMAS, V. R.; COSTA, E. C.; SIMAS, C. A. Controle de Camponotus punctulatus Mayr, 1868 (HYMENOPTERA: FORMICIDAE). Revista de FZVA, Uruguaiana, v. 7/8, n.1, p. 24-32, 2000/2001.

STRECK, E. V. et al. Solos do Rio Grande do Sul. 2. ed. Porto Alegre: Emater-RS/ASCAR, 2008. 222p.

TUFFI SANTOS, L. D. Efeitos diretos e indiretos do glyphosate em eucalipto. 2006. 80 f. Tese (Doutorado em Fitotecnia) – Universidade Federal de Viçosa, Viçosa, 2006.

VASCONCELOS, H. L. Respostas das formigas a fragmentação florestal. Série Técnica IPEF, Piracicaba, v.12, n. 32, p.95-98, dez.1998.

WARDLE, D. A. et al. Impacts of ground vegetation management strategies in a kiwifruit orchard on the composition and functioning of the soil biota. Soil Biology & Biochemistry, v. 33, n. 7, p.893-905, 2001.

WILSON, E. O. The defining traits of fire ants and leaf-cutting ants. In: LOEFGREEN, C.S.; VANDER MEER, R. K. (Ed.). Fire ants and leaf-cutting ants: biology and management. Boulder: Westview Press, 1986. cap.1. p.1-9.

##submission.downloads##

Pubblicato

2016-03-31

Come citare

Boscardin, J., Costa, E. C., Garlet, J., Machado, L. M., Machado, D. N., Pedron, L., & Bolzan, L. C. (2016). EFEITOS DE DIFERENTES TIPOS DE CONTROLE DE PLANTAS INFESTANTES SOBRE A MIRMECOFAUNA EM <i>Eucalyptus grandis</i>. Ciência Florestal, 26(1), 21–34. https://doi.org/10.5902/1980509821062

Fascicolo

Sezione

Artigos

Puoi leggere altri articoli dello stesso autore/i

<< < 1 2 3 4