EFICIÊNCIA DE SISTEMAS DE IRRIGAÇÃO EM MUDAS DE ESPÉCIES FLORESTAIS NATIVAS PRODUZIDAS EM TUBETES
DOI :
https://doi.org/10.5902/1980509822741Mots-clés :
viveiro, subirrigação, microaspersão.Résumé
A baixa qualidade de mudas pode advir de problemas na irrigação e/ou nutrição das mudas em sua fase de formação em viveiros. Em relação à irrigação, problemas podem surgir referentes à má distribuição da água ou mesmo seu manejo, levando ao deficit ou ao excesso de irrigação, enquanto o excesso pode lixiviar nutrientes, o deficit pode prejudicar o desenvolvimento da planta. Assim, o presente trabalho teve como objetivos avaliar a eficiência de irrigação de um sistema de irrigação por microaspersão já instalado em um viveiro de mudas de espécies florestais e também avaliar a eficiência de um sistema de subirrigação de mudas florestais nativas cultivadas em tubetes. A avaliação da eficiência da microaspersão foi realizada em um viveiro de mudas de espécies nativas florestais na cidade de Itutinga - MG, o delineamento utilizado foi o inteiramente casualizado (DIC) em esquema de parcelas subdivididas, estando o equipamento de irrigação na parcela (três níveis: MA-20, Rondo e Inverted Rotor Spray) e três espécies florestais na subparcela. Na avaliação de eficiência em tubetes de 300 cm³, as categorias da subparcela foram: araucária (Araucaria angustifolia (Bert.) O. Ktze.), jerivá (Syagrus romanzoffiana (Cham.) Glassman) e cutieira (Joannesia princeps Vell.). Em tubetes de 110 cm³ os três níveis da subparcela foram as espécies: mutamba (Guazuma ulmifolia Lam.), angico-vermelho (Anadenanthera macrocarpa Benth.) e peroba-rosa (Aspidosperma polyneuron Muell.). A avaliação da eficiência da subirrigação foi realizada em uma estufa localizada na Universidade Federal de Lavras, em dois tanques de subirrigação em três repetições. As maiores eficiências de aplicação foram obtidas para o emissor modelo MA-20. Não houve diferenças significativas entre a eficiência de aplicação dos microaspersores em relação às espécies estudadas, em ambos os tubetes. A eficiência de irrigação no tanque de tubetes de 300 cm³ foi 90,42%, enquanto para tubetes de 110 cm³ foi 92,17%. Os tanques de subirrigação mostraram-se como alternativa interessante para irrigação de mudas das espécies florestais testadas, apresentando alta eficiência para os dois tamanhos de tubetes avaliados.
Téléchargements
Références
AHMED, A. K.; CRESSWELL, G. C.; HAIGH, A. M. Comparison of sub-irrigation and overhead irrigation of tomato and lettuce seedlings. Journal of Horticultural Science and Biotechnology, Ashford, v. 75, p. 350 -354, 2000.
BOLFE, E. L. et al. Avaliação da classificação digital de povoamentos florestais em imagens de satélite através de índices de Acurácia. Revista Árvore, Viçosa, v. 28, n. 1, p. 85-90, 2004.
CHANSEETIS, C. et al. Application of capillary hydroponic system to the lettuce growing under tropical climate conditions. Acta Horticulturae, Leuven, v. 548, p. 401-407, 2001.
DUMROESE, R. K. et al. Exponential fertilization of Pinus monticola seedlings: nutrient uptake efficiency, leaching fractions, and early outplanting performance. Canadian Journal of Forest Research, Ottawa, v. 35, p. 2961–2967, 2005.
DUMROESE, R. K. et al. Nursery waste water. The problem and possible remedies. In: NATIONAL PROCEEDINGS, FOREST AND CONSERVATION NURSERY ASSOCIATION 36., 1995, Portland. Proceedings… Portland: USDA Forest Service, 1995. p. 89-97.
DUMROESE, R. K. et al. Subirrigation reduces water use, nitrogen loss, and moss growth in a container nursery. Native Plants Journal, Madison, v. 7, n. 3, p. 253–261, 2006.
FRIZZONE, J. A.; DOURADO NETO, D. Avaliação de sistemas de irrigação. In: MIRANDA, J. H.; PIRES, R. C. M. Irrigação. Jaboticabal: FUNEP, 2003. p. 573–652.
JUNTENEN, M. L. et al. Ground water quality: leaching of nitrogen and phosphorus during production of forest seedlings in containers. Journal of Environmental Quality, Madison, v. 31, p. 1868–1874, 2002.
LÓPEZ, C. C. Fertirrigacion cultivos horticolas y ornamentales. 2. ed. Madrid: Mundi-Prensa, 2000. 475 p.
MOLITOR, H. The european perspective with emphasis on subirrigation and recirculation of water and nutrients. Acta Horticulturae, Leuven, v. 272, p. 165-174, 1990.
PEREIRA, G. M. Aspersão convencional. In: MIRANDA, J. H.; PIRES, R. C. M. Irrigação. 2. ed. Piracicaba: FUNEP, 2003. 703 p.
SALVADOR, C. A. Sistema de irrigação por capilaridade na produção de porta - enxertos de mudas cítricas na fase de sementeira. 2010. 105 p. Dissertação (Mestrado em Engenharia Agrícola) – Universidade Estadual de Campinas, Campinas, 2010.
SANTIAGO, F. S. et al. Avaliação de parâmetros hidráulicos e manejo da irrigação por microaspersão em área de assentamento. Engenharia Agrícola, Jaboticabal, v. 24, n. 3, p. 632-643, 2004.
SOCCOL, O. J. et al. Performance analysis of a trickle irrigation subunit installed in an apple orchard. Brazilian Archives of Biology and Technology, Curitiba, v. 45, n. 4, p. 525–530, 2002.
STAMATO JÚNIOR, R. P. Condições meteorológicas e consumo de água por mudas cítricas em ambiente protegido. 2007. 68 p. Dissertação (Mestrado em Tecnologia da Produção Agrícola) – Instituto Agronômico de Campinas, Campinas, 2007.
STRONG, S. S. et al. Cultivar and spacing effects on transmission of Phytophthora parasitica in an ebb-and-flow subirrigation system. Plant Disease, Davis, v. 81, n. 1, p. 89-95, 1997.
TOSHIAKI, A. M. et al. Spatial distribution of ions in groundwater under agricultural land. Journal of Irrigation and Drainage Engineering, Newark, v. 130, n. 6, p. 468, 2004.
VAN GENUCHTEN, M. T. A closed-form equation for predicting the hydraulic conductivity of unsaturated soils. Soil Science Society of America Journal, Madison, v. 44, p. 892-898, 1980.
Téléchargements
Publié-e
Comment citer
Numéro
Rubrique
Licence
A CIÊNCIA FLORESTAL se reserva o direito de efetuar, nos originais, alterações de ordem normativa, ortográfica e gramatical, com vistas a manter o padrão culto da lingua, respeitando, porém, o estilo dos autores.
As provas finais serão enviadas as autoras e aos autores.
Os trabalhos publicados passam a ser propriedade da revista CIÊNCIA FLORESTAL, sendo permitida a reprodução parcial ou total dos trabalhos, desde que a fonte original seja citada.
As opiniões emitidas pelos autores dos trabalhos são de sua exclusiva responsabilidade.