UMIDADE DE EQUILÍBRIO DE PAINÉIS OSB EM FUNÇÃO DA UMIDADE RELATIVA E DA TEMPERATURA AMBIENTE
DOI:
https://doi.org/10.5902/1980509820661Palabras clave:
Pinus taeda, chapas aglomeradas estruturais OSB, modelagem, umidade de equilíbrioResumen
http://dx.doi.org/10.5902/1980509820661
O trabalho teve como objetivo obter modelos estatísticos para a estimativa da umidade de equilíbrio de painéis OSB em função da temperatura e da umidade relativa do ar, assim como também avaliar o efeito de algumas variáveis de produção sobre a umidade de equilíbrio dos painéis. O delineamento experimental se constituiu de seis condições de processamento, três temperaturas do ar e seis umidades relativas do ar. Nas condições de processamento, foram avaliadas três diferentes espessuras das partículas strand (0,4; 0,7 e 1,0 mm), duas densidades aparentes do painel (0,65 e 0,90 g/cm³) e também três níveis de pressão na prensagem dos painéis (40, 60 e 80 kgf/cm²). Para cada tratamento foram produzidos quatro painéis com a madeira de Pinus taeda e 6% de adesivo fenol-formaldeído. Na avaliação do experimento foi considerado um delineamento inteiramente casualizado disposto em esquema fatorial triplo 6 x 3 x 6, ou seja, 6 variáveis de produção (condições de processamento), 3 temperaturas do ar (30, 40 e 50°C) e 6 umidades relativas (40, 50, 60, 70, 80, 90%). As médias foram comparadas estatisticamente pelo Teste Scott-Knott em nível de 5% de significância. A modelagem da umidade de equilíbrio dos painéis OSB foi realizada mediante o ajuste de modelos polinomiais múltiplos para cada tratamento. Com base nas medidas de precisão e nos resultados obtidos pode-se concluir que: 1) recomenda-se a utilização do modelo UEQ = β0 + β1UR + β2UR² + β3UR³ + β4Temp + ε para a estimativa indireta da umidade de equilíbrio dos painéis OSB; 2) A temperatura apresenta influência linear na umidade de equilíbrio dos painéis, enquanto que a umidade relativa do ar apresenta comportamento polinomial de terceira ordem, sendo que a umidade relativa do ar influência de forma mais pronunciada a umidade de equilíbrio dos painéis OSB do que a temperatura ambiente; 3) Quanto ao efeito das variáveis de produção, a pressão de prensagem de 80 kgf/ cm² e o aumento da espessura das partículas strand para 1,0 mm de espessura promoveu tendência de reduções nos valores médios de umidade de equilíbrio dos painéis OSB. Já o aumento da densidade do painel promoveu uma tendência de aumento da umidade de equilíbrio dos painéis OSB; e 4) O uso de modelos polinomiais múltiplos permite que sejam produzidas curvas de nível para a obtenção dos valores de umidade de equilíbrio dos painéis OSB em função da umidade relativa e da temperatura do local onde o painel esta exposto, se destacando pela sua praticidade de utilização.
Descargas
Citas
BAHAROGLU, M. et al. The influence of moisture content of raw material on the physical and mechanical properties, surface roughness, wettability and formaldehyde emission of particleboard composite. Composites: Part B. v. 43, pg. 2448–2451, 2012.
HASELEIN, C.R. et al. Resistência mecânica e à umidade de painéis aglomerados com partículas de Madeira de diferentes dimensões. Ciência Florestal, v. 12, n. 2, pg. 127-134, 2002.
MARTINS, V.A. et al. Umidade de equilíbrio e risco de apodrecimento da madeira em condições de serviço no Brasil. Brasil Florestal, Brasília, n.76, p.29-34, 2003.
MENDES, L. M. ; MENDES, R. F. ; PEIXOTO, M.G.M. . Equilibrium moisture content of wood panels. In: International union of forest research organizations - IUFRO, 2012, Lisboa - Portugal. IUFRO 2012. LISBOA: IUFRO, v. 1, pg. 228-228, 2012b.
MENDES, L.M.; ARCE, J.E.. Análise comparativa das equações utilizadas para estimar a umidade de equilíbrio da madeira. Cerne, Lavras, v.9, n. 2, p. 141-152, jul./dez. 2003.
MENDES, L.M. et al. Influência do teor de resina, temperatura e tempo de prensagem na umidade de equilíbrio de painéis de partículas de madeira. Cerne, Lavras, v. 12, n. 4, p. 329-335, out./dez. 2006.
MENDES, R.F. et al. Effect of thermal treatment on properties of OSB panels. Wood Science and Technology. First online, pg. 494 - 497, 2012a.
NELSON, R. M. A model for sorption of water vapor by cellulosic materials. Wood Fiber Science, Madison, v. 15, n. 1, p. 8-22, 1983.
SIAU, J.F. Wood: influence of moisture on physical properties. Blacksburg: Virginia Polytechnic Institute and State University. Department of Wood Science and Forest Products, 227p, 1995.
SILVA, G. A. et al. Estimativa da umidade de equilíbrio de painéis de madeira. Scientia Forestalis, Piracicaba, n. 70, p 23-29, 2006.
SILVA, G. A. et al. Umidade de equilíbrio de painéis de madeira. Revista Árvore, Viçosa-MG, v.29, n.4, p.639-646, 2005.
SIMPSON, W.T.; TENWOLDE, A. Physical properties and moisture relations of wood. In: USDA FOREST SERVICE. Wood handbook: wood as an engineering material. Madison: Forest Products Laboratory, Cap.3, 1999.
WERKEMA, C.; AGUIAR, S. Análise de regressão: como entender o relacionamento das variáveis de um processo. Belo Horizonte: Werkema, p. 306, 2006.
WU, Q. Apllication of Nelson´s sorption isotherm to wood composites and overlays. Wood Fiber Science, Madison, v. 3, n. 2, 187-191, 1999.
Descargas
Publicado
Cómo citar
Número
Sección
Licencia
A CIÊNCIA FLORESTAL se reserva o direito de efetuar, nos originais, alterações de ordem normativa, ortográfica e gramatical, com vistas a manter o padrão culto da lingua, respeitando, porém, o estilo dos autores.
As provas finais serão enviadas as autoras e aos autores.
Os trabalhos publicados passam a ser propriedade da revista CIÊNCIA FLORESTAL, sendo permitida a reprodução parcial ou total dos trabalhos, desde que a fonte original seja citada.
As opiniões emitidas pelos autores dos trabalhos são de sua exclusiva responsabilidade.