Avaliação de métodos de enxertia em mudas de baruzeiro (<i>Dipteryx alata</i> Vogel, Fabaceae)
DOI:
https://doi.org/10.5902/1980509869090Palavras-chave:
Baru, Reprodução assexuada, Borbulhia, GarfagemResumo
O baruzeiro possui um grande potencial socioeconômico, porém a maioria dos indivíduos dessa planta encontra-se na natureza em forma selvagem e a coleta dos frutos é realizada de maneira extrativista. Plantios cultivados do baruzeiro são formados por mudas oriundas de sementes, entretanto, por ser predominantemente alógama, os indivíduos apresentam grande variabilidade genética. Neste caso, a propagação vegetativa torna-se uma boa estratégia e uma ferramenta importante para domesticação da espécie. Este trabalho tem como objetivo avaliar métodos de enxertia na produção de mudas de baruzeiro. Foram testados três tipos de enxertia (borbulhia de placa, garfagem à inglês simples e fenda cheia) em três sistemas de condução de mudas de porta-enxertos, em delineamento inteiramente casualizado. As mudas foram formadas por meio de sementes, e antes da enxertia ser realizada, foi avaliado o crescimento das mudas, que foram enxertadas quando os porta-enxertos atingiram diâmetro médio de caule ≥ a 1,0 cm. As médias de crescimento das mudas foram comparadas pelo teste de Tukey e os tipos de enxertia, pelo teste não paramétrico qui-quadrado. Os resultados evidenciaram que os três tipos de enxertias e a garfagem em fenda cheia mostraram-se adequados para mudas conduzidas a pleno sol e sob sombrite, respectivamente. O sistema de formação de mudas em sacos plásticos, conduzidas a pleno sol, permite médias de pegamento de enxertia superiores a 50%.
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Referências
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