Escala diagramática para avaliação da severidade de oídio em eucalipto
DOI:
https://doi.org/10.5902/1980509840568Palavras-chave:
Podosphaera pannosa, Eucalyptus sp., Escala de severidade, Avaliação de doençaResumo
O oídio do eucalipto, causado por Podosphaera pannosa, acarreta prejuízos em viveiros de eucalipto no Brasil. A avaliação dessa doença e os danos causados pela mesma, bem como a busca de formas eficientes de controle, justificam a necessidade da confecção de uma escala visual para quantificar a severidade nesse patossistema. O objetivo deste estudo foi elaborar uma escala diagramática para quantificar a severidade de oídio em folhas de eucalipto em viveiro. Para isso, folhas sintomáticas foram coletadas, escaneadas e digitalizadas para determinar sua área total e a área com sintomas. Dessa maneira, foram obtidos oito níveis de severidade, com base na distribuição das amostras. Para validação da escala, a severidade da doença foi estimada por dez avaliadores sem o auxílio da escala, e em seguida, com a utilização da escala proposta, em 60 folhas de eucalipto, com níveis de severidade heterogêneos. Determinou-se a precisão das estimativas obtidas calculando o coeficiente de determinação (R²) e realizou-se uma análise de regressão linear simples. Constatou-se precisão nas estimativas visuais de severidade do oídio em eucalipto com o uso da escala diagramática proposta, portanto, sua utilização é adequada e pode ser aplicada em estudos epidemiológicas e para avaliar estratégias de controle e manejo.
Downloads
Referências
ALFENAS, A.C. et al. Clonagem e doenças do eucalipto. Viçosa, MG: Editora UFV, 2009. 442 p.
AMORIM, L.; REZENDE, J. A. M.; BERGAMIN FILHO, A. Manual de fitopatologia: princípios e conceitos. 5. ed. Ouro Fino, MG: Agronômica Ceres, 2018. v. 1. 573 p.
BEDENDO, I. P. Oídios. In: AMORIM, L.; REZENDE, J. A. M.; BERGAMIN FILHO, A. Manual de fitopatologia: princípios e conceitos. 5. ed. Piracicaba: Agronômica Ceres, 2018. v. 1. p. 351-355.
BIZI, R. M. et al. Produtos alternativos no controle do oídio em mudas de eucalipto. Summa Phytopathologica, Botucatu, v. 34, n. 2, p. 144-148, 2008.
CAMARA, G. R. et al. Elaboration and validation of diagrammatic scale for lettuce powdery mildew. Summa Phytopathologica, Botucatu, v. 44, n. 2, p. 116-121, 2018.
DEL PONTE, E. M. et al. Standard area diagrams for aiding severity estimation: scientometrics, pathosystems and methodological trends in the last 25 years. Phytopathology, [s. l.], v. 107, n. 10, p. 1161-1174, 2017.
DUARTE, H. S. S. et al. Development and validation of a set of standard area diagrams to estimate severity of potato early blight. European Journal of Plant Pathology, [s. l.], v. 137, n. 2, p. 249-257, 2013.
FONSECA, N. R. et al. Eucalypt powdery mildew caused by Podosphaera pannosa in Brazil. Tropical Plant Pathology, Brasília, v. 42, p. 261-272, 2017.
GODOY, C. V.; KOGA, L. J.; CANTERI, M. G. Diagrammatic scale for assessment of soybean rust severity. Fitopatologia Brasileira, Brasília, v. 31, n. 1, p. 63-68, 2006.
HORSFALL, J. G.; COWLING, E. B. Pathometry: the measurement of plant disease. In: HORSFALL, J. G.; COWLING, E. B. (ed.) Plant disease: an advanced treatise – how disease develops in populations. New York: Academic Press, 1978. v. 2. p. 119-136.
INDÚSTRIA BRASILEIRA DE ÁRVORES. Relatório 2017. São Paulo, 2017. Disponível em: https://iba.org/images/shared/Biblioteca/IBA_RelatorioAnual2017.pdf. Acesso em: 2 ago. 2018.
KOWATA, L. G. et al. Escala diagramática para avaliar severidade de míldio na soja. Scientia Agraria, Curitiba, v. 9, n. 1, p. 105-110, 2008.
KRUGNER, T. L.; AUER, C. G. Doenças dos eucaliptos. In: KIMATI, H. et al.Manual de fitopatologia: doenças das plantas cultivadas. 4. ed. São Paulo: Agronômica Ceres, 2005. p. 319-332.
LAGE, D. A. C. et al. Standard area diagrams for assessment of powdery mildew severity on tomato leaves and leaflets. Crop Protection, [s. l.], v. 67, p. 26-34, 2015.
LIMA, J. S. et al. Escala diagramática para avaliação da severidade do oídio em castanhas de caju. Summa Phytopathologica, Botucatu, v. 44, n. 3, p. 252-260, 2018.
MADDEN, L. V.; HUGHES, G.; VAN DEN BOSCH, F. The study of plant disease epidemics. Saint Paul: APS Press, 2007.
MARTINS, J. A. S. et al. Período latente e uso da análise de componentes principais para caracterizar a resistência parcial à ferrugem da soja. Summa Phytopathologica, Botucatu, v.33, n.4, p.364-371, 2007.
MASSON, M. V. et al. Escala diagramática para determinação de mancha foliar do Eucalyptus, causada por Mycosphaerella nubilosa. Summa Phytopathologica, v. 34. p. S66-S66, 2008.
MORA, A.; GARCIA, C. A cultura do Eucalipto no Brasil. 1. ed. São Paulo: Sociedade Brasileira de Silvicultura, 2000.
NUTTER JUNIOR., F.W.; ESKER, P.D.; COELHO NETTO, R.A. Disease assessment concepts and the advancements made in improving the accuracy and precision of plant disease data. European Journal of Plant Pathology, [s.l.], v. 115, p. 95-103, 2006.
OLIVEIRA, A. S. Potencial genético de populações exóticas de milho para o melhoramento visando caracteres agronômicos e resistência aos fitopatógenos. 2018. Tese (Doutorado) - Universidade Federal de Uberlândia, Uberlândia, 2018.
SANTOS, P. H. D. et al. Elaboração e validação de escala diagramática para avaliação da severidade de oídio em folhas de mamoeiro. Summa Phytopathologica, Botucatu, v. 37, n. 4, p. 215-217, dez. 2011.
SILVA, S. F.; GUIMARÃES, A. M.; CANTERI, M. G. Determinação de modelo estatístico para meta-análise na validação da escala diagramática usando o ambiente R. In: CONGRESSO SUL BRASILEIRO DE COMPUTAÇÃO, 7., 2014, Criciúma. Anais [...]. Criciúma: Unesc, 2014. v. 4.
TUMURA, K. G. et al. Avaliação de clones de seringueira quanto à resistência ao oídio. Summa Phytopathologica, Botucatu, v. 39, n. 4, p. 252-257, 2013.
VALERIANO, R. et al. Escala diagramática e reação diferencial de clones para oídio do eucalipto. Scientia Florestalis, Piracicaba, v. 43, n. 105, p. 51-61, 2015.
ZAMBOLIM, L.; COSTA, H.; VALE, F. X. R. Efeito da nutrição mineral sobre doenças de plantas causadas por patógenos do solo. In: ZAMBOLIM, L. (ed.). Manejo integrado, fitossanidade, cultivo protegido, pivô central e plantio direto. Viçosa, MG: Suprema, 2001. p. 347-408.
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
A CIÊNCIA FLORESTAL se reserva o direito de efetuar, nos originais, alterações de ordem normativa, ortográfica e gramatical, com vistas a manter o padrão culto da lingua, respeitando, porém, o estilo dos autores.
As provas finais serão enviadas as autoras e aos autores.
Os trabalhos publicados passam a ser propriedade da revista CIÊNCIA FLORESTAL, sendo permitida a reprodução parcial ou total dos trabalhos, desde que a fonte original seja citada.
As opiniões emitidas pelos autores dos trabalhos são de sua exclusiva responsabilidade.